Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Sescon-SP e a valorização do contabilista

Sescon-SP e a valorização do contabilista

26/06/2011 José Maria Chapina Alcazar

Os profissionais da área de Ciências Contábeis encontram-se hoje entre os quadros mais requisitados pelo mercado, situação que ganhou relevo desde que grandes empresas passaram a valorizar o balanço anual mais amplo, com resultados não apenas de sua variação patrimonial, bem como das relações corporativas.

Aspectos como governança, índices de satisfação do consumidor, práticas meritórias no ambiente do trabalho, ações ambientais e sociais, entre muitas outras, se somaram à apresentação do desempenho econômico. Também o aprimoramento dos mecanismos de fiscalização fiscal e tributária obrigou a uma profissionalização maior do setor entre as empresas. A valorização teve seu ápice com a aprovação da Lei Federal 12.249/2010, a qual, em boa hora, instituiu o Exame de Suficiência na área,agora requisito obrigatório para o registro do profissional junto ao Conselho Federal de Contabilidade.

Ato contínuo, o Sescon-SP reconheceu a importância do dispositivo e começou a se preparar para o enfrentamento de uma dura realidade:a precariedade com que os cursos técnicos e superiores têm trabalhado a formação desses quadros. Lançou, em 19 de maio passado, o Curso Preparatório para o Exame de Suficiência, iniciativa da Universidade Corporativa UniSescon em parceria com a Trevisan Escolas de Negócios. Uma semana após o começo das aulas, o CRC nacional comprovou nossos temores. Segundo os resultados publicados pelo Conselho no Diário Oficial da União, apenas 30,83% dos bacharéis em Ciências Contábeis e 24,93% dos técnicos em Contabilidade foram aprovados no 1º Exame de Suficiência, aplicado em 27 de março deste ano.

Ou seja, pelo menos 70% de nossos contadores não estão aptos ao pleno exercício de suas funções. Dois terços dos candidatos avaliados nesta primeira edição do Exame não apresentaram conhecimento contábil diversificado, consistente e atualizado. Faltou ainda equilíbrio técnico entre teoria e prática contábil,competência que foi bastante exigida pela prova. São qualidades bastante ausentes na maioria das graduações de Ciências Contábeis pelo Brasil afora. O Índice Geral de Cursos (IGC), baseado, entre outros, no Enade (Exame Nacional de Avaliação do Desempenho Estudantil), já vinha apontando, claramente,deficiência estrutural na formação do bacharelado em Ciências Contábeis. Por exemplo, das 38 instituições de ensino superior da capital paulista que oferecem a graduação e que participaram da última avaliação aplicada pelo Ministério da Educação, somente uma atingiu a pontuação máxima.

Já se conhecem as razões e causas históricas que cercam a situação. O momento sugere o apontamento de soluções. O fato é que os concluintes dos cursos superiores e técnicos estão no mercado, incapacitados legalmente de exercer a profissão porque não atenderam a um dos requisitos básicos: a aprovação no Exame de Suficiência. Pior é que contam com menos de quatro meses para se preparar até o segundo Exame de Suficiência, programado para setembro deste ano. Na proposta conjunta da UniSescon e Trevisan Escola de Negócios, o objetivo é fazer com que o aluno possa revisar o conteúdo curricular previsto no Exame, atualizar os principais conceitos contábeis e eliminar dúvidas conceituais e práticas.

São dois encontros semanais de aulas durante quatro meses, além de quatro exames simulados, aplicados aos sábados. O curso apresenta uma visão dinâmica sobre o conteúdo exigido e cria um ambiente propício para o debate, reforçando a missão do Sescon-SP de investir na capacitação indispensável ao exercício confiável da profissão. O contabilista precisa fazer jus à relevância e espaço que a área conquistou na moderna gestão empresarial, em um quadro que soma 492 mil profissionais e 77 mil empresas no País, ou 135 mil contabilistas e 19 mil empresas no Estado de São Paulo.

José Maria Chapina Alcazar*, empresário, é presidente do SESCON-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo) e da AESCON-SP (Associação das empresas da atividade).



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena