Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Vini Jr e o racismo que nos adoece

Vini Jr e o racismo que nos adoece

01/04/2024 Livia Marques

Infelizmente, mais uma vez precisamos falar sobre isso.

Perceber um jogador de futebol, estrela de um dos maiores times do mundo, em uma coletiva, chorar pelo fato de ter de se defender e justificar sobre o racismo vivenciado, dói.

O choro pode ser julgado ainda assim, levando em consideração o fato de ser um homem negro e questionarem: “Ué, mas ele sempre ‘bate de frente’ no campo e até levanta o punho cerrado. Agora, ele está chorando?”

Sim! Estar no front e lutando frente a tantas violências que oprimem e violentam é dolorido. Ou será que pessoas negras não podem ter emoções? Ou será que não podem se expressar? Possivelmente, ambos os casos.

Quais são os posicionamentos que se tem? Não se tem. Será que existe uma normalização nisso tudo? Interessante dizer que se caso a pessoa reaja e fale algo, ela pode ser entendida como alguém que é arrogante, violenta ou “raivosa”.

Caso chore, a pessoa é considerada fraca. Os julgamentos sempre colocam a pessoa nos extremos. Ou se inferioriza ou se percebe como uma pessoa muito ruim.

O racismo adoece e muito. Lutar o tempo todo contra algo que impacta a sua existência. O quanto que adoece a cada um de nós. Para a população negra é sobre lutar pela existência e contra o processo de opressão e violência.

Mas, caso a pessoa fale e diga com todas as letras que aquilo é racismo, logo somos taxados como militantes e raivosos. Para estereótipos que associam pessoas negras ao papel de desumanos serve, não é?

O fato aqui é que o racismo desumaniza, como Frantz Fanon e Abdias Nascimento nos trazem perfeitamente em páginas dos livros “Pele Negra, máscaras brancas” e “O genocídio do Negro Brasileiro. Processo de um racismo mascarado” que, por vezes, precisamos parar e respirar.

Quando abordamos o assunto racismo e saúde mental da população negra, percebemos o quanto o adoecer dessas pessoas ainda é invalidado e ainda pouco abordado.

Isso gera na pessoa diversas marcas, como, por exemplo, o sentimento de não pertencimento; defectividade, que é a sensação de ser defeituoso; desejo de se isolar socialmente; processo ansiogênico, a ansiedade que causa desconforto físico e psíquico, e o silenciamento.

A escritora Conceição Evaristo nos traz uma reflexão com relação à luta que é bastante pertinente para o caso: “eles combinaram de nos matar, mas a gente combinamos de não morrer”.

* Livia Marques é Psicóloga Clínica, Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Para mais informações sobre racismo clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Fonte: Agência Drumond



Leitores em extinção

Ontem, finalmente, tive um dia inteiro de atendimento on-line, na minha casa.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Solidariedade: a Luz de uma tragédia

Todos nós, ou melhor dizendo, a grande maioria de nós, está muito sensibilizado com o que está sendo vivido pela população do Rio Grande do Sul.

Autor: Renata Nascimento


Os fios da liberdade e o resistir da vida

A inferioridade do racismo é observada até nos comentários sobre os cabelos.

Autor: Livia Marques


Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves