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Senso de Justiça: conquista da maturidade

Senso de Justiça: conquista da maturidade

21/03/2012 Floriano de Lima Nascimento

Foi divulgado por um órgão de grande circulação na imprensa do país que bebês com quinze meses de idade possuem comprovadamente um senso de justiça rudimentar.

A notícia, comenta o articulista Hélio Schvartsman, da Folha de S. Paulo, “fornece mais um dado aos pesquisadores empenhados em criar uma nova ciência a da moral”. Informações como essa provocam pelo menos duas reações: a primeira, de incredulidade, a segunda, de perplexidade. Ora, é sabido que comportamento das crianças é objeto de estudos permanentes por parte de psicólogos que, nos últimos anos, passaram a conhecer melhor o psiquismo infantil.

Mas a afirmação de que bebês com pouco mais de um ano de idade são portadores de um senso de justiça, ainda que rudimentar, é difícil de ser acolhida em primeiro momento, a menos que os autores da informação apresentem argumentos irrespondíveis em abono de sua tese. Pessoas que lidam com crianças e acompanham o seu desenvolvimento – principalmente os pais, as babás e os médicos, percebem a evolução do psiquismo infantil no dia-a-dia, ao observarem os gestos, os olhares os balbucios e as tentativas de comunicação entre os bebês e as pessoas a sua volta.

Percebem que elas são capazes de fazer julgamentos simples e desenvolver uma afinidade maior com os mais próximos, como os pais, os irmãos e as babás, por exemplo. São também capazes de identificar quem eventualmente, as trata mal, reagindo com o choro ou com a rejeição. Mas fazer julgamentos abstratos, ainda que em escala rudimentar, parece-nos algo muito polêmico, ressalvado o pensamento dos especialistas na matéria.

Parece-nos que a percepção do que é justo ou injusto, em um primeiro momento, deve estar ligada à elaboração cultural que depende de fatores como a índole, os costumes, os valores, as práticas, a ideologia, as circunstâncias históricas, etc. Esses pontos constituem o alicerce sobre o qual se constroem valores que, acolhidos por uma comunidade ou um povo, acabam por transformar-se em leis de obrigatória observância pelas pessoas a elas submetidas.

É o que ocorre com penalidades de diversa natureza, que variam de um país para o outro, como a da escravidão ou a da pena de morte. Deste modo, o entendimento do que é justo ou não refoge à valoração pessoal, para erijir-se em padrões informados por valores escolhidos por uma comunidade ou pela população de um país, de acordo com a sua história, costumes, visão de mundo, etc.

Trata-se evidentemente de um tipo de realização e escolha fora do alcance de seres ainda em formação, o que nos leva a colocar em dúvida as conclusões a que chegou o autor da matéria, a menos que ele apresente novos e robustos argumentos para comprovar o que afirmou.



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