Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Carteira Digital verde e amarela

Carteira Digital verde e amarela

27/11/2012 Felipe Regis Lessa

O termo “Belíndia” (combinação entre a pobreza da Índia e a riqueza da Bélgica) foi difundido pelo economista Edmar Bacha para explicar o Brasil da década de 70, marcado por uma profunda desigualdade social.

Hoje essa situação mudou para melhor: a economia brasileira se estabilizou e nunca houve tanta mobilidade social. Mas, quando se trata de mobile payment e o desenvolvimento de uma carteira digital, essa expressão ainda não faz certo sentido? Explico: hoje no mercado brasileiro temos iniciativas que caminham para a criação de uma carteira digital baseada na tecnologia Near Field Communication (NFC) inspirado em cases de países desenvolvidos.

Enquanto isso, em Brasília, se discute a regulamentação do mobile banking através do SMS. Apimentando esta história está ainda o fato da nossa rede de banda larga móvel ser uma das mais caras do mundo. Neste cenário complexo, a criação de um modelo híbrido parece mais palpável: de um lado teremos os smartphones com modernas aplicações utilizando NFC (claro, se o número de aparelhos crescer massivamente, hoje são apenas 6 modelos disponíveis com a tecnologia), e fechando a outra ponta, as transações via voz e SMS dos consumidores com celulares mais simples ou sem recursos para assinar um pacote de dados.

Estes dois lados da “Belíndia”, sem dúvida, formam um mercado repleto de oportunidades. De qualquer forma, seja qual for o modelo utilizado, um dos grandes desafios para emplacar uma carteira digital tupiniquim é conseguir equilibrar a equação entre segurança e a usabilidade do consumidor.

Hoje, os smartphones representam apenas 26% do mercado total de celulares e mais de 80% da população ainda possui aparelhos pré-pagos. Dessa forma, o NFC ainda é uma realidade distante para o Brasil, que vem caminhando para a adoção de plataformas multicanais mais democráticas como, por exemplo, o SMS e a URA (Unidade de Resposta Audível) que realiza transações através do celular com um software de reconhecimento de voz.

Em paralelo, os padrões de segurança vêm evoluindo, mas por ser um mercado relativamente novo, o setor ainda não possui as mesmas normas que outros meios de pagamento que estão no mercado há mais tempo. Uma forma de ampliar a segurança desse tipo de transação viria pela regulamentação do setor, que está atualmente em discussão em Brasília.

Uma medida que poderia tornar o mercado mais seguro é impor que todas as empresas do ramo tenham o selo do Programa de Segurança da Informação (Payment Card Industry, PCI). O PCI é um conjunto de regras de segurança da indústria de cartões que foi desenvolvido pelas bandeiras para aprimorar a proteção de dados sensíveis.

O programa é aplicado a todas as empresas que armazenam, processam ou transmitem dados do cartão de crédito. Mas os desafios não param por aí: ter a segurança não é garantia de sucesso, também é importante ser simples em termos de usabilidade para facilitar a adesão dos consumidores.

Afinal, tecnologia boa é aquela que passa despercebida no nosso cotidiano. Se esta equação conseguir ser equilibrada - seja o foco do produto na Índia ou na Bélgica -, já é meio caminho andado para que haja uma boa receptividade do mercado.

*Felipe Regis Lessa é Publicitário e jornalista de formação, atuou como planejador estratégico para marcas como Vivo, Claro e J&J.



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena