Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Setor de saúde ganha precisão com a rastreabilidade

Setor de saúde ganha precisão com a rastreabilidade

02/12/2012 João Carlos de Oliveira

Os processos logísticos são fundamentais em qualquer área de atuação, mas no setor de saúde ganham contornos ainda mais expressivos.

A redução de erros proporcionada por um sistema inteligente reflete, diretamente, na segurança dos pacientes, pois é possível reduzir sensivelmente a interferência humana nos processos de checagem e captura de informações do medicamento no sistema. Isso acontece porque, graças à rastreabilidade, é possível acompanhar o processo de recebimento do medicamento até a administração ao paciente.

A estratégia elimina o perigo, por exemplo, de dar doses erradas do medicamento ou de ministrar o remédio errado. Os ganhos vão além. É possível diminuir os custos da operação ao reduzir retrabalho, como eliminar o processo de etiquetagem interna, já que a impressão é feita pelo fabricante. O mesmo acontece em reação às perdas por vencimento, que passam a ser controladas graças ao acompanhamento das datas de validade através de um sistema de gerenciamento de rastreabilidade.

Cada vez mais hospitais e laboratórios farmacêuticos buscam a excelência no atendimento, adotam padrões globais e tecnologias para automatizar seus processos, como, por exemplo, a separação de medicamentos.  E é o código de barras, tão conhecido dos brasileiros na hora das compras, que desempenha esse papel fundamental.

A GS1 Brasil - Associação Brasileira de Automação tem levado a tecnologia para instituições de todo o País, como laboratórios Eurofarma, Isofarma, Baxter e os hospitais Israelita Albert Einstein e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, e Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Na Capital gaúcha, a opção foi pela adoção do código GS1 DataMatrix, código bidimensional de tamanho reduzido que se adapta às menores embalagens e comporta todas as informações necessárias para ter total controle da trajetória de um medicamento, do laboratório farmacêutico à administração no paciente.

O objetivo do Hospital Moinhos de Vento foi o de adotar um processo pelo qual os produtos podem ser rastreados através da tecnologia de código de barras garantindo a origem e o caminho que este produto percorreu na cadeia produtiva até a chegada no paciente.

Em 2011, o Hospital Moinhos de Vento (HMV), visando aprimorar a segurança do paciente, reduzir custos, assegurar uma melhor gestão do inventário e atingir a rastreabilidade introduziu o uso do código GS1 DataMatrix nos medicamentos por meio da integração de 18 áreas e com o treinamento sobre o uso da nova tecnologia para 118 colaboradores. A nova simbologia é usada desde o recebimento do medicamento até a dispensação.

A antiga metodologia utilizada para impressão interna das etiquetas contendo informações sobre a data de validade e número de lote foi substituída pela leitura do GS1 DataMatrix impresso pela indústria farmacêutica em dose unitária, sem intervenção humana acerca das informações importantes referentes ao medicamento.

Em São Paulo, o Hospital e Maternidade Santa Joana, utiliza pulseiras para identificar os recém-nascidos e as mães. Assim, juntamente com o código GS1 DataMatrix nos medicamentos eles têm a garantia que o paciente certo recebeu a medicação certa, na dose certa, na hora correta. Também na capital paulista, o Hospital Albert Einstein foi pioneiro ao otimizar os procedimentos.

Hoje, a instituição de saúde recebe 25% dos remédios já identificados pela indústria, um percentual que abrange medicamentos utilizados em grande volume. Não há estatísticas oficiais no Brasil, mas, segundo o Institute of Medicine dos Estados Unidos, mais de sete mil pessoas morrem anualmente e outros 1,5 milhão de pessoas sofrem graves danos por erros de medicação no país.

O prejuízo financeiro chega a US$ 3,5 bilhões, de acordo com o estudo Preventing Medication Errors. A GS1 tem a missão de criar e gerenciar padrões, dentre eles o de identificação dos produtos, facilitando o gerenciamento da cadeia de suprimentos e alcançando a rastreabilidade, por meio da combinação de todos os padrões do Sistema GS1 amplamente utilizados no varejo, como é o caso do código de barras.

Com a proposta de uma linguagem comum e global entre parceiros comerciais, o Sistema GS1 garante a segurança no recebimento, controle de estoque e gestão administrativa de mercadorias, além de facilitar as exportações e, principalmente, contribuir para a segurança dos consumidores e pacientes.

A GS1 Brasil faz parte do grupo internacional GS1 Healthcare e trabalha em conjunto com fabricantes, hospitais, varejos, agências de vigilância sanitária, ministérios da saúde e associações do setor para buscar as melhores soluções mundiais para o sistema de codificação de medicamentos, redução de erros médicos, recall de produtos, autenticidade, eficiência e acuracidade na cadeia de suprimentos e rastreabilidade.

*João Carlos de Oliveira é Presidente da GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação.



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena