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Água de reuso é a melhor alternativa para as cidades

Água de reuso é a melhor alternativa para as cidades

25/09/2013 Dirceu D´Alkmin Telles

Os usuários da Grande São Paulo estão utilizando água “roubada”.

A região possui menos de 10% de suas necessidades hídricas, de acordo com as recomendações da Organização das Nações unidas (ONU).

Para esse consumo, uma transposição traz da bacia hidrográfica do Rio Piracicaba, no interior do Estado, 33 mil litros de água por segundo. Além da dificuldade para deslocar a água de uma região para outra, um número causa preocupação: 40% da água processada não é faturada, segundo um estudo recente do Instituto Trata Brasil.

Uma solução prática e barata para melhorar esse cenário é a água de reuso. Por não passar por tratamento, ela pode ser utilizada para uso não potável em residências, indústrias e outros serviços de saneamento em São Paulo, no Brasil e no mundo. Aproximadamente 90% das atividades realizadas atualmente poderiam utilizar este método.

O reuso de água deve ser parte de uma atividade mais abrangente que é o uso racional, que compreende também o controle de perdas e desperdícios e a minimização da produção de efluentes e do consumo de água potável. Embora tenha aparência semelhante, a água de reuso não é potável, portanto, não pode ser bebida nem utilizada em preparo de alimentos. Seu uso também é impróprio para irrigação de hortas e em piscinas. O reuso de água não é um conceito novo e vem sendo praticado em todo o mundo há muitos anos, mas com a demanda crescente por água este se tornou um tema atual e de grande importância.

Em março deste ano, o FIESP e o CIESP, entidades organizadoras das atividades Industriais do Estado de São Paulo, realizaram o Seminário Internacional sobre Reuso de Água e o 8º Prêmio de Conservação e Reuso da Água, que contou com a presença de autoridades e especialistas nacionais e internacionais. Apesar de não ser própria para consumo humano, a água de reuso pode ser usada, entre outras atividades, na indústria, na lavagem de áreas públicas e nas descargas sanitárias de condomínios.

Além disso, as novas construções – casas, prédios, complexos industriais – poderiam incorporar sistemas de aproveitamento da água da chuva. Um ótimo exemplo da prática do reuso está na inauguração do maior projeto de água de reuso para fins industriais do Brasil, em novembro de 2012. O sistema denominado Agropolo tem capacidade para produzir até 1.000 litros por segundo de água, abastece o Pólo Petroquímico de Capuava, no município de Mauá - SP. Esse volume é equivalente ao consumo de água potável de 300 mil moradores.

A matéria-prima desta planta é o efluente de estação de tratamento de esgoto. Vale ressaltar que todo processo de produção da água de reuso segue o sistema de gestão ISO 9001:2008, obedecendo a rigorosos parâmetros de qualidade.

* Dirceu D´Alkmin Telles é doutor em Engenharia Hidráulica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).



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