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O outro lado da sustentabilidade

O outro lado da sustentabilidade

19/05/2014 João Ladislau Rosa

Finalmente no século XXI a sustentabilidade ganha espaço em debates de política públicas, no seio da comunidade e nas mais diversas organizações sociais.

Suprir as necessidades atuais do ser humano sem criar risco às novas gerações é uma obrigação. E essa responsabilidade deve ser cobrada coletiva e individualmente por cada um de nós. Já são relevantes os avanços na área da saúde.

Exemplo é o Projeto Hospitais Saudáveis, associação sem fins econômicos, dedicada a transformar o setor em um exemplo para toda a sociedade em aspectos de proteção ao meio ambiente e à saúde do trabalhador, do paciente e da população em geral. . Aliás, há uma série de iniciativas louváveis de instituições socialmente responsáveis. São ações que ultrapassam os limites da reciclagem e economia de energia, incluindo redução do grau de toxicidade e perigos nos procedimentos em hospital.

Há ainda por parte de certas instituições investimento na gestão sustentável de sistemas e serviços exemplares em termos de proteção à saúde e ao meio ambiente. Temos também programas de educação e conscientização da comunidade hospitalar e da sociedade. Um bastante interessante culminou na criação um borboletário em Muriaé, zona da Mata Mineira. O objetivo é contribuir para o aumento da biodiversidade, sensibilizando ainda alunos e moradores para a questão da preservação ambiental.

Falamos de avanços inegáveis e de diversas matizes, como a retirada de termômetros de mercúrio das unidades hospitalares. Tais termômetros são a principal fonte urbana dessa substância, uma das mais danosas à saúde e ao meio ambiente. Nada justifica seu uso, já que podem ser facilmente substituídos por produtos digitais bem acessíveis. É importante frisar, porém, que muito precisamos caminhar para falar de sustentabilidade com autoridade. Em termos de Brasil, o que temos de bagagem acumulada não chega a ser uma gota em meio ao oceano.

O mesmo vale para nosso meio profissional, pois os médicos podem e devem se envolver com mais profundidade em debates e ações para a preservação do planeta. Sempre é bom registrar que a sustentabilidade na saúde não se restringe ao universo que vivenciamos diariamente em clínicas, consultórios, hospitais, universidades. O ser humano deve ser visto de forma integral, em todas as suas necessidades no hoje e no amanhã.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), da Organização das Nações Unidas (ONU), leva em consideração determinantes sociais como renda, educação e outras condições socioeconômicas, culturais e ambientais, a produção de alimentos e o acesso à alimentação, ambiente de trabalho, condições de vida, desemprego, saneamento básico, serviços de saúde, habitação, redes sociais e comunitárias e estilo de vida.

O conceito é que uma boa qualidade de vida influencia positivamente a saúde. Dessa forma, temos o dever de participar das discussões que envolvem cada uma dessas determinantes, pois, só com ações globais, teremos de fato políticas públicas sustentáveis, alicerce para a construção de um sistema de saúde verde e de uma sociedade melhor.

*João Ladislau Rosa, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.



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