Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Menos concorrência no mercado corporativo de telecomunicações

Menos concorrência no mercado corporativo de telecomunicações

29/05/2014 Adriano Fachini

A consulta pública número 15 da Anatel, que tem como tema a possível extinção do Serviço Móvel Especializado e a consequente adaptação do instrumento de outorga do serviço para Serviço Móvel Privativo ou Serviço Limitado Especializado, sinaliza uma tendência de concentração do serviço de telecomunicações - ainda maior - em poder das grandes operadoras.

O Serviço Móvel Especializado, ora em vias de extinção, é utilizado em grande parte por clientes corporativos que demandam soluções de radiocomunicação para redes de grande porte a partir de 500 terminais. Grandes siderúrgicas, portos, aeroportos, indústrias das mais variadas, utilizam a radiocomunicação para gerenciamento de processo e agilização de tarefas.

Outrossim, os serviços em questão são de relevante importância para o setor produtivo brasileiro especialmente para a indústria e agronegócio, que tem sido o baluarte da economia brasileira e responsável por 25% do PIB brasileiro, e há anos tem salvado a balança comercial do Brasil de amargar déficits ainda maiores. Ademais, o Serviço Móvel Especializado e outras submodalidades também suportam serviços essenciais a sociedade em todo território nacional, tais como, Samu, Defesa Civil, Guarda Municipal, Segurança Pública, Serviço de Trânsito, entre outros.

Tais serviços não podem ser atendidos por aplicações over-the-top (OTT), em razão de tratar-se de missão crítica onde há risco iminente de morte ou perdas patrimoniais vultosas. No âmbito privado, o Serviço Móvel Especializado suporta aplicações de voz e dados ligadas a automação industrial e diretamente ao processo de melhoria da eficiência produtiva. Cabe lembrar que ao longo dos anos o Serviço Limitado e suas submodalidades, dentre elas o Serviço Móvel Especializado, vem perdendo espectro para outros serviços tais como o Serviço Móvel Privativo que no caso do 450 mhz, por exemplo, sequer possuem equipamentos para utilizar as faixas.

As operadoras sustentam que aplicações over-the-top, permitirão a formação de grupos de clientes que poderão se conectar com baixo custo. Sabendo dos atuais níveis de qualidade das operadoras, campeãs de reclamações no Procon, fica difícil imaginar que será uma comunicação de boa qualidade.

Esperamos que a Anatel avalie na formulação da nova resolução o que é melhor para a sociedade brasileira como um todo, que para seu desenvolvimento necessita de vários serviços de telecomunicações, sendo o de telefonia celular um serviço de relevante importância, mas não o único. Para o país se desenvolver com sustentabilidade, o espectro radioelétrico tem que ser dividido com parcimônia de modo a garantir a universalização dos serviços de telecomunicações.

*Adriano Facchini é empresário de telecomunicações e presidente da Aerbras - Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil.



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena