Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Luta contra o autismo: a batalha de dona Emília

Luta contra o autismo: a batalha de dona Emília

30/05/2014 Gabriela Guerra

Os Planos de Saúde são obrigados a arcar com todo tratamento, incluindo medicamentos e terapias, em casos de crianças diagnosticadas com autismo.

Esta boa notícia aos usuários da saúde privada foi reiterada recentemente pela decisão do Juiz Gustavo Alexandre da Câmara Leal Belluzzo, da Sétima Vara Civil, do fórum de São Jose dos Campos, São Paulo. Ele concedeu liminar neste sentido a uma família, após a Unimed negar parte do tratamento prescrito pelo médico de uma criança de três anos. Inicialmente, a operadora autorizou apenas 12 sessões das terapias, se recusando a cobrir o restante do tratamento.

Após receber a negativa da operadora, a mãe da criança não hesitou em procurar o apoio da Justiça, exigindo o tratamento solicitado pelo médico, a base de medicamentos, exames para acompanhamento e terapias de fonoaudióloga, ocupacional e psicologia. É notório que uma criança diagnosticada com autismo precisa de uma atenção especial, com base em tratamento complexo, especializado e principalmente de médio e longo prazo, portanto sem limite de sessões de terapias.

O autismo é um transtorno de desenvolvimento que aparece nos três primeiros anos de vida e que exige atenção continua. Ele afeta o desenvolvimento normal do cérebro relacionado às habilidades sociais e de comunicação. Seu grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental.

A medicina entende que o seu tratamento deve ser introduzido por uma equipe multidisciplinar, logo após o diagnóstico. Não existe uma intervenção padrão que possa ser utilizada, pois cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Os planos de saúde, na forma contratual, devem custear todo tratamento e medicamentos necessários, incluindo fisioterapia, fonoaudiologia, consultas médicas com especialistas e psicólogos.

Nos casos em que esse direito não é assegurado, a medida correta é fazer como Emília Ract, mãe da criança diagnosticada recentemente: buscar os seus direitos na Justiça. Emília passou por uma situação que infelizmente muitas pessoas vivenciam quando mais precisam dos planos: falta de atendimento, negativa de exames e outros problemas, mas em nenhum momento se acomodou. Buscou a Justiça e teve os seus direitos restituídos num prazo de apenas 24 horas. Agora segue a rotina de ajudar a filha a superar esse problema de saúde, mas com a certeza e a recompensa de que o seu esforço está valendo a pena.

*Gabriela Guerra é advogada no escritório Porto, Guerra & Bitetti, especializada em Direito à Saúde.



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena