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Copa, mobilidade e o legado possível

Copa, mobilidade e o legado possível

05/07/2014 Regina Rocha

Chegado o tempo do maior evento esportivo de 2014, a Copa do Mundo de Futebol no Brasil traz à tona um importante capítulo do planejamento das cidades: a mobilidade urbana.

Mesmo que metade dos projetos de mobilidade para a Copa tenha ficado apenas no papel, ou atendido somente aos entornos de estádios, não nos falta a oportunidade de cobrar por eles, ainda que não dentro do prazo ideal da competição. Certamente esses projetos de mobilidade – se corrigidos (já que para o Governo Federal foram falhas neles que não permitiram suas execuções) ainda são bastante úteis à população, e para o setor de transportes em especial. Novos VLT – trens urbanos, estações de metrô e corredores específicos de ônibus têm sua importância reconhecida.

Quanto mais alternativas que barrem a crescente de automóveis nas ruas, melhor. Ao fim deste mundial teremos a chance de avaliar se o transporte público foi eficaz conforme o esperado. Acreditamos que sim, porém sabemos o quanto o segmento de transportes pode ser potencializado com a parceria da iniciativa privada. Nesse ponto, o setor de fretamento regularizado e cumpridor da lei tem nada menos que uma frota de 15 mil ônibus, micros ônibus e similares no Estado de São Paulo pronta a atender as demandas de passageiros que cada vez crescem mais, seja para ir ao trabalho, à escola ou mesmo para o passeio de fim de semana, e para acontecimentos grandiosos como a Copa.

A previsão do Ministério do Turismo é de que 600 mil turistas estrangeiros estarão por aqui neste período. Para conhecer melhor o Brasil, eles devem engrossar dados como estes de 2012, que apontam a preferência de 71% das pessoas que viajaram pelo país pelo transporte rodoviário, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O transporte regular de pessoas por fretamento também é saída eficaz na mobilidade urbana, tanto que ganhou destaque aos olhos do Banco Mundial – órgão ligado à ONU – Organização das Nações Unidas.

Há cerca de 10 meses um programa piloto do banco vem sendo aplicado em conjunto com dez grandes empresas ‘da Berrini’, a famosa área de executivos na zona Sul de São Paulo. Sediadas na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, essas empresas foram convidadas a incentivar seus funcionários a deixarem em casa carros particulares – uma experiência similar a adotada nos Estados Unidos, que buscou na iniciativa privada parte da solução para o problema da mobilidade.

Resultado paulista: entre outros meios de chegar ao trabalho, destacou-se o fretamento, com um aumento de adesão em 4% até agora. Há menos de um ano, 6% dos trabalhadores dessas empresas utilizam os ônibus de fretamento. Hoje, são 10%. Mesmo que nem todos os trabalhadores relatem diminuição de tempo no trajeto, todos os que passaram a usar o fretamento celebraram a melhora na qualidade de vida: o stress do trânsito hoje se converteu em tempo para descansar ou ler durante o caminho.

O fretamento é uma das bem sucedidas alternativas do programa, que junto com as demais, como incentivo ao transporte público, resultou até o momento em uma redução de 3% entre os usuários de carro (eram 53%, passaram a 50% e a tendência é diminuir ainda mais esses números) e numa melhor fluidez no trânsito nos horários de pico da região. Iniciativas como esta mostram que um novo olhar do poder público e iniciativa privada sobre fretamento é possível, e benéfico, sobretudo em grandes cidades. As que ainda não têm trânsito intenso ganham mais uma competente forma de evitá-lo, e as que têm, de diminuí-lo.

*Regina Rocha é diretora executiva da FRESP (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo).



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