Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Quem não se comunica, desmotiva!

Quem não se comunica, desmotiva!

03/08/2014 Airton Cicchetto

Parece inacreditável, mas nos dias atuais, ainda existem líderes que não se comunicam com seus subordinados.

A importância da comunicação bem como os benefícios que ela proporciona às empresas e a todas as suas pessoas são amplamente comprovados. São inquestionáveis. Mesmo assim, no ambiente empresarial, há líderes que não dão atenção a seus colaboradores.

É o que revela uma pesquisa publicada pela revista Exame em julho desse ano, que ouviu uma amostra estatística de mais de 1.200 pessoas e que comprova a negligência dos chefes no que diz respeito à boa comunicação com a equipe. Segundo a pesquisa, 41% dos gestores dizem dedicar muita atenção aos seus funcionários, mas apenas 9% concordam com seus chefes neste quesito. Estes dados são, de certa forma, alarmantes, pois 91% dos trabalhadores não se sentem ouvidos por seus superiores, percepção que se confirma na mesma pesquisa, visto que mais da metade dos chefes, 59% deles, de fato, não declararam dedicar atenção a seus subordinados.

Da teoria, sabe-se que os principais objetivos da comunicação são: tornar o pensamento comum aos outros, produzir uma resposta e persuadir. No mundo corporativo, é do senso comum que a boa comunicação é vital para alinhar o foco, incentivar a participação e o comprometimento das pessoas para delas obter o melhor desempenho individual e motivação para cooperar com os diferentes programas e projetos da empresa. Como se pode notar, esta é a exata aplicação dos objetivos da comunicação.

Não é possível conceber, nas empresas modernas, a prática do “tautismo”, que Lucien Sfez, professor da Universidade de Paris, define como contração de dois termos: tautologia e autismo. De forma simples e abreviada, por tautologia, entende-se o vício de linguagem que consiste em dizer, por diversas formas, sempre a mesma coisa e, por autismo, pode-se entender a doença do auto encerramento, pela qual o indivíduo deixa de ter necessidade de comunicar seu pensamento aos outros e de se adequar aos demais.

Nos dias de hoje, definitivamente, os líderes não podem ser introvertidos ou inacessíveis, encerrando-se em seus próprios pensamentos (gestores autistas) nem, da mesma forma, podem se desligar da realidade exterior e se fixar nas suas próprias verdades, exercitando a tautologia. Ao contrário, os gerentes têm a missão de comunicar-se intensamente com seus subordinados e seus pares, captar o que se passa no ambiente, adequar-se, rever planos e posições, mantendo a motivação e o engajamento de todos.

Se assim não estão fazendo, estão falhando e, neste caso, estão falhando também suas empresas. Os funcionários hoje apreciam os sistemas sofisticados e o emprego de alta tecnologia de comunicação, mas também, e principalmente, querem ter contato pessoal com seus líderes. Assim como existem no ambiente das empresas obstáculos e dificuldades ao estabelecimento do diálogo, também pode e deve haver condições que o favoreçam.

Compete a elas prover condições facilitadoras, e neste sentido, é de fundamental importância que as empresas formatem sistemas de comunicação compostos de oportunidades e temas que incentivem a troca de ideias entre os empregados, deixando muito claro que são abertas ao diálogo e tem compromissos claros com a segurança, o bem-estar e o desenvolvimento de todos, inclusive, cobrando o alinhamento de seus líderes a estes princípios.

Assim o fazendo, incentivando a comunicação, estarão naturalmente induzindo seus líderes a dedicar atenção aos subordinados e, consequentemente, alinhando focos, motivando e obtendo respostas positivas no desempenho do pessoal. Do contrário, estarão desmotivando e alimentando as estatísticas dos descontentes e assim, distanciando-se dos saudáveis objetivos da comunicação.

*Airton Cicchetto é consultor, palestrante empresarial, engenheiro, mestre em administração e idealizador do modelo SCG - Simples Complexo Gerencial - Simplificando a Gestão.



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena