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RS: Estado que não reelege governadores e sua dívida

RS: Estado que não reelege governadores e sua dívida

20/09/2014 Débora Góis

Rio Grande do Sul enfrenta novamente seu dilema nas eleições a governador do Estado. Teremos mais uma vez um candidato não reeleito?

Nossa lista de governadores é bem variada, dou um destaque especial para os candidatos eleitos por voto direto no qual nenhum deles foi reeleito pelo povo Sul Rio grandense, desde que o ato de reeleição é permitido (1988). Seriam os gaúchos os errados na hora de votar ou nossas opções estão restritas a insatisfação completa pelos candidatos, e a única saída é apostar as fichas novamente em outro?

As opções estão cada vez piores para os eleitores liberais, visto que os candidatos seguem prometendo cada vez mais medidas intervencionistas pra “solucionar” os problemas do Rio Grande do Sul e em casos mais extremos, ainda, surgindo os candidatos anticapitalistas. Estes problemas são diversos, e eu ficaria incansavelmente citando-os aqui. Darei um destaque para problemas mais urgentes como a dívida pública com a União (que continua sendo uma das maiores do Brasil).

Mas como vamos solucionar os problemas estruturais econômicos com uma máquina pública tão grande e que cresce a cada dia mais? Quase tudo que o Tesouro Gaúcho arrecada, vai para pagar despesas passadas e as dividas, seguem se acumulando como grãos de areia no deserto. As medidas que foram tomadas com os governos passados não foram nem de longe cabíveis de solucionar os problemas econômicos do estado. Ainda gastamos mais do que arrecadamos, segue em anexo um gráfico retirado Transparência RS sobre a relação de receitas x gastos totais anuais de 2004 a 2014:




Além de gastarmos o que arrecadamos, temos uma dívida crescente acumulada. O endividamento do Estado é o dobro da arrecadação anual. Por que é importante sabermos da história e do que os governos passados fizeram na administração do Rio Grande do Sul? Porque isso influência diretamente na escolha do novo governo para analisar o que nos apresentarão, e cabe a nós decidirmos com competência se estas são as soluções que mais precisamos; Mas eu não me refiro a promessas marqueteiras como pagamento do Piso Salarial dos professores. Se os candidatos atuais afirmarem que pagarão, vale avaliar como eles lidarão com essa máquina.

Isso é uma lógica financeira que eu aprendi com 10 anos: Quanto você ganha, o que tem que pagar o que vai priorizar, quando e como vai pagar? Investimentos? Mais financiamentos? Ou diminuir gastos? (Nesse caso gastos públicos e reduzir a máquina pública para futuramente poder quitar dívidas e como um sonho tão esperado reduzir finalmente impostos). Nossos problemas não se resumem as “Brizoletas”, na gestão de Brizola (1959-63) ou até antes no governo Ernesto Dornelles (1951-55).

Para realização de obras iniciamos nosso endividamento precoce e eu diria que as falhas se sustentam quando não se planeja, quando se não faz um governo com um planejamento econômico de longo prazo sabendo dos nossos limites, mas sim, com ações imediatas gerando aqui em nosso Estado o inicio do problema todo. Seguindo na acumulação de dívidas tivemos um “upa” maior nos anos 70 com a ditadura militar. Navegamos na onda do “milagre econômico” e nos afogamos ainda mais na dívida pública. E ela estava escancarada nos jornais!

*Débora Góis é Acadêmica de Economia da Universidade Federal de Santa Maria, Membro do Conselho Executivo da Rede Estudantes Pela Liberdade e Especialista do Instituto Liberal.



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