Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Tributos – A escravidão do indivíduo perante o estado

Tributos – A escravidão do indivíduo perante o estado

01/11/2014 Natália Vilarouca

Tributo é a prova inequívoca da escravidão do indivíduo perante o estado. A origem da tributação não é outra senão a submissão do vencido ao vencedor.

Aos povos perdedores eram impostos os pesados tributos para custear o estado campeão. A conquista deveria ser premiada com os espólios de guerra. Foi assim com Roma e com todos os grandes impérios da humanidade. Até então o caráter espoliador do tributo tem se mantido, pois se baseia, sobretudo, na relação vertical entre estado e indivíduo. Relação esta de poder e coerção.

O estado, detentor de soberania, impõe ao indivíduo sua vontade mediante a lei. Se outrora se justificava o tributo como espólio de guerra, hoje, com o chamado estado Interventor, a relação está mascarada. Ao espoliado dá-se o nome de contribuinte. Diz-se atualmente que a relação é jurídica e não mais de poder. Aqueles que advogam esta posição apoiam-se no fato de que agora existem regras anteriores. Tudo embromação. A relação obrigacional entre indivíduo e estado é formada mediante vontade unilateral deste último.

E quem se recusar a cumprir tal obrigação é tratado como um ladrão. No estado brasileiro, diga-se de passagem, a pena de furto simples é menor do que a pena para sonegação fiscal. A primeira chega ao máximo de quatro anos de reclusão, a segunda, cinco anos (artigo155 do Código Penal e artigo 1º da lei 8137/90). Não é só. Tributo também é das formas de intervenção estatal na economia. No caso brasileiro, temos os chamados tributos extrafiscais, que com as devidas particularidades, não se submetem aos princípios da anterioridade e nonagesimal, cujo intuito é prevenir surpresas ao espoliado.

Como consequência da tributação há a distorção no funcionamento do mercado que opera mediante o sistema de preços. Diante da distorção gerada pela intervenção via tributo, o consumidor comporta-se de forma diferente do que se comportaria, caso não houvesse tributação. Diga-se também que alterações de alíquotas e bases de cálculo de determinados tributos servem como medidas populistas, que mais cedo ou mais tarde trarão seus frutos podres, pois a lei da oferta e da demanda é mordaz e certa.

Obviamente existem limites para a tributação. Mas longe de ser algo animador, é somente algo que vem coadunar com o sistema de escravidão perpetrado via tributo. É que o estado não pode matar sua galinha dos ovos de ouro. O senhor não mata o escravo, mas retira dele toda sua força, deixando um espaço de descanso. Só existe uma hipótese na qual o soberano estado corta a garganta de seu escravo: quando este se comporta de forma subversiva. Para que sirva de exemplo aos demais. E só.

*Natália Vilarouca é Acadêmica de Direito da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e Colunista do Instituto Liberal e do portal Liberdade em Foco. Ex-bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena