Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O que esperar da telefonia móvel no Brasil em 2015?

O que esperar da telefonia móvel no Brasil em 2015?

16/12/2014 Dane Avanzi

Conforme anunciado no Portal Brasil, site da Imprensa Oficial do Governo Federal, os investimentos das operadoras de telefonia móvel no setor deverão chegar a R$ 30 bilhões em 2014, segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

O montante anunciado pelo ministro é bem superior aos R$ 19 bilhões que, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), foram investidos até setembro. De acordo com o próprio sindicato, é natural uma expansão de investimentos mais significativa nos últimos meses do ano. Não obstante a todos esforços envidados pelas operadoras, a cifra aparentemente poupuda, é insuficiente para amenizar os graves problemas de lentidão na rede, ligações não completadas, falta de cobertura em regiões densamente povoadas, dentre outros.

Tais problemas somente serão mitigados com investimentos e ações reais, em infraestrutura, capacitação de profissionais e comprometimento dos executivos das operadoras com metas de melhoria da qualidade do serviço. Em decorrência disso, em todos os Estados da Federação, pululam iniciativas de Ministérios Públicos (Estaduais ou Federal) no sentido de obrigar as operadoras a cumprirem minimamente os serviços contratados com a sociedade Brasileira.

O Ministério Público Federal no Ceará, por exemplo, ajuizou ação civil pública contra a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as empresas de telefonia móvel Claro, Oi, TIM e Vivo para que apresentem, no prazo de 90 dias, planos de melhoria da qualidade do serviço prestado no estado. Na ação, a procuradora da República Nilce Cunha pede que as quatro operadoras deixem imediatamente de vender chips, novos acessos e novos planos pelo prazo mínimo de 180 dias, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

A ação, encaminhada à Justiça Federal, é baseada no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Assembleia Legislativa para investigar a prestação dos serviços da telefonia móvel no estado. Entre as deficiências apontadas estão a ausência de investimentos das operadoras em relação ao crescimento da demanda, a ausência de sinal, queda nas chamadas, lentidão na internet, cobranças indevidas, dificuldade de acesso à banda larga móvel, preços exorbitantes e dificuldades para cancelar o vínculo com as prestadoras.

Cabe salientar que tal afronta ao consumidor de serviços de telecomunicações ocorre de Norte a Sul do Brasil e não é de hoje. O ilustre "Parquet" requereu ainda o detalhamento dos valores investidos e das medidas a serem adotadas pelas operadoras para suportar a demanda e superar as deficiências e falhas no serviço. Também pede a fixação de um cronograma com início imediato e prazo máximo de dois anos para conclusão das medidas de melhoria.

A procuradora também sugere que a Anatel analise os planos apresentados, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A ação busca ainda a condenação das empresas operadoras à indenização por danos morais coletivos. Trocando em miúdos, foi exigido das operadoras do Ceará as principais obrigações contraídas por força do contrato de concessão com o Poder Público. Outra ideia inverossímil que se tenta impetrar pela mídia e marketing é que o 4G vai resolver todos os problemas.

Uma lição de casa a ser feita e depende exclusivamente das operadoras de telefonia móvel adequarem as suas redes a quantidade de linhas e serviços comercializados. Enquanto esse ajuste não ocorrer não haverá melhora na qualidade do serviço. Pior. Além de ruim o serviço ficará mais caro, uma vez que a Anatel tacitamente tem aceitado que as operadoras reduzam ou bloqueiem a velocidade uma vez esgotada a franquia do plano de dados, forçando os consumidores a comprarem pacotes cada vez maiores e mais caros.

*Dane Avanzi é advogado, Diretor Comercial do Grupo Avanzi e Vice-Presidente da Aerbras - Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil.



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena