Portal O Debate
Grupo WhatsApp

As reais consequências do petrolão para a economia brasileira

As reais consequências do petrolão para a economia brasileira

04/03/2015 Bady Curi Neto

Estamos assistindo o assalto aos cofres da Petrobras que até pouco tempo era sinônimo de orgulho para os Brasileiros.

Segundo as investigações este seria o maior esquema de corrupção já visto no país, envolvendo empreiteiras, políticos, diretores da empresa, doleiros, entre outros. O esquema, de tão grande, para sua organização foi necessário uma verdadeira engenharia financeira, desde percentuais em contratos, superfaturamento de obras, aquisições de refinarias e contratação de serviços para justificar a saída de recursos sob o véu de licitude.

Os desmandos perpetrados e que estão sendo investigados na operação Lava Jato alcançam R$ 10 bilhões de reais (03% dos valores dos contratos firmados com as empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção eram repassados a políticos, segundo Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras). Apenas a refinaria Abreu e Lima, em construção, em Pernambuco, teve seu orçamento inicial de R$ 2,3 bilhões majorados para R$ 20 bilhões de reais.

Os prejuízos são imensuráveis, suas ações estão em constante derretimento provocando a queda de 12ª maior empresa no planeta no ano de 2009 para 120ª lugar na atualidade. Os despautérios perpetrados pela administração da Petrobras levará uma crise de desemprego e quebradeira nas maiores empreiteiras e construtoras do país, aquelas envolvidas de maneira perniciosa no esquema do denominado Petrolão, fraudando as licitações para saírem vitoriosas do certame.

Vale trazer a lume o artigo 3 da lei 8.666/93, que diz a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e selecionar a proposta mais vantajosa para administração pública, com estrita conformidade aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, de probidade administrativa entre outros. Estes princípios obrigam a Administração Pública mesmo quando dispensada do processo Licitatório. Os Princípios citados foram defenestrados no Petrolão, onde com certeza deverá haver a sanção às empresas que os usurparam em sua contratação.

Tirando os aspectos criminais que envolvem o caso, no campo do Direito Administrativo, as empresas deverão ressarcir os prejuízos causados a Contratante e serão impossibilitadas pelo prazo de até dois anos de participar de licitação pública.

O que agrava, ainda mais a situação destas empresas, que vivem de contratos públicos é o entendimento atual que a sanção aplicada não restringe ao órgão contratante, mas a toda a Administração Pública, vale dizer, fazendo minhas as palavras do Ministro Francisco Peçanha Martins em julgamento do Recurso Especial 151.567, “a limitação dos efeitos da suspensão de participação de licitação não pode ficar restrita a um órgão do poder público, pois os efeitos do desvio de conduta que inabilita o sujeito para contratar com a Administração se estendem a qualquer órgão da Administração Pública.”

O direito não pode ser aplicado de forma casuística a salvar estas empresas dos mal feitos cometidos, o que levará a falência ou a redução drástica de seus quadros com uma crise de desemprego ao setor, há tempos não vista, pagando os operários pelos desmandos da Petrobras. Quem viver verá.

* Bady Curi Neto é advogado, fundador da Bady Curi Advocacia Empresarial e ex-juiz do Tribunal Regional de Minas Gerais (TER-MG).



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena