Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Ministério da Dilma: trapalhadas e um acerto

Ministério da Dilma: trapalhadas e um acerto

20/05/2015 Luiz Carlos Borges da Silveira

Quando a presidente Dilma Rousseff necessita mexer no seu Ministério algum contratempo ocorre, alguma trapalhada acontece.

Dilma queria colocar Eliseu Padilha (PMDB) na Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela coordenação política entre o governo e o Congresso. Ela esqueceu de avisar o então titular da pasta, Pepe Vargas (PT) de que precisava do cargo. A notícia vazou e Vargas ficou furioso. Padilha foi convidado, mas recusou, preferindo continuar no Ministério da Aviação Civil.

Consta que ele até toparia mudar por entender que teria mais visibilidade política, porém, lideranças do seu partido barraram a transferência preferindo manter sob seu comando um Ministério que tem mais verba e poder de negócios, afinal, será responsável pelo processo de privatização de portos e aeroportos, e Padilha tem “experiência” nisso desde o tempo em que foi ministro dos Transportes do governo FHC, tendo acumulado algumas denúncias, investigações e até processos.

O inusitado é um ministro do governo dizer não ao próprio governo ao qual serve, evidenciando que o partido tem mais força sobre os ministros do que o Executivo. Como se sabe, Dilma passou ao seu vice, Michel Temer, a coordenação política. Mas a trapalhada não parou por aí. A presidente precisava reacomodar o agastado Pepe Vargas e pretendia colocá-lo na Secretaria dos Direitos Humanos; de novo a notícia vazou e Vargas se encarregou de fazer o autoanúncio no início de uma entrevista coletiva, em meio da qual recebeu ligação de Aloizio Mercadante (chefe da Casa Civil) com recado de Dilma de que anúncio de ministros cabe a ela.

No final da entrevista, constrangido, Pepe desmentiu-se. Por fim, Vargas foi confirmado nos Direitos Humanos e aí quem ficou furiosa com Dilma Rousseff foi a titular Ideli Salvatti que perdera a cadeira sem ser de antemão consultada. Por enquanto (até quando eu escrevia estas considerações) a presidente ainda não recolocara Ideli no primeiro escalão, mas deve fazer isso logo, porque a catarinense, ex-ativista do MST, é pimentinha malagueta. São exemplos de quão enfraquecida e desnorteada está a presidente. Quando o comandante não tem controle sobre sua tropa acaba por perder a autoridade, é o que se diz no jargão militar.

Um acerto

Entretanto, deve-se reconhecer o acerto na escolha do novo ministro da Educação. O filósofo e professor Renato Janine Ribeiro tem brilhante currículo e destacada atuação na área. É realmente preparado, sua nomeação recebeu aprovação unânime e ele assumiu cercado de alta credibilidade, notadamente por suas ideias inovadoras em relação ao ensino e à pesquisa.

Além disso, não é político nem filiado a partido e vinha sendo um crítico do governo Dilma quanto à política educacional. Janine Ribeiro já deixou claro em seus projetos a utilização efetiva da estrutura das universidades federais e aproveitamento de professores e alunos na colaboração ao ensino básico. O MEC possui recursos financeiros e se o novo ministro contar com autonomia e apoio político pode fazer proveitosa gestão melhorando o ensino, área em que o Brasil ainda é extremamente carente.

*Luiz Carlos Borges da Silveira é empresário, médico e professor. Foi Ministro da Saúde e Deputado Federal.



O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto