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A esquerdopatia de Wagner Moura ataca novamente

A esquerdopatia de Wagner Moura ataca novamente

31/08/2015 Lucas Berlanza

O ator “global” Wagner Moura, como já vinha sendo anunciado há algum tempo, está produzindo um filme sobre o guerrilheiro marxista Carlos Marighella, morto em 1969 pelo regime militar brasileiro.

Ele se reuniu com o governador petista baiano Rui Costa para pedir apoio ao seu projeto – sabe-se lá de que natureza, e só de pensar nisso o bolso já coça.

Todo mundo sabe que Moura, tão diferente de seu personagem no sucesso Tropa de Elite – o comandante do Bope Capitão Nascimento -, é um dos campeões do socialismo entre os artistas nacionais, sempre sustentando as causas do radical PSOL.

Em geral, o que quer que diga, o mais razoável é não lhe dar ouvidos. Desta vez, a julgar pelo que comentou, em resposta às perguntas de um repórter, ele irá mais longe.

Não se limitará a grasnar bobagens e vomitar sua intolerância para com todo tipo de pensamento liberal ou conservador. Falseará a história. Segundo Wagner Moura, as polêmicas que cercam seu futuro “cinebiografado” não o preocupam. Ele dará importância zero ao fato de que, atenção, “sempre vai ter uma direita burra, careta, que vai dizer que é um filme sobre um terrorista. (…)

Tenho vontade de entender essa geração próxima da minha sobre a qual sei muito pouco. Óbvio que há minha admiração por ele, embora não queira fazer um filme maniqueísta. (…) Pode-se até discutir sobre a opção da luta armada, se isso foi bom ou ruim. É uma discussão válida. Mas não me venha com extremismo. Porque essa é uma briga que eu gosto de brigar”.

O passatempo de Moura de ridicularizar coisas que simplesmente desconhece não é nenhuma grande novidade. Ele já fez todo tipo de comentário alegando que o despontar de uma literatura e de alguns poucos expoentes do meio artístico relacionados a um pensamento político alternativo representa a ascensão de uma “onda fascista”.

Agora, ele quer romantizar um terrorista que, pasmem, se identificava como tal! Marighella provavelmente retrucaria e repreenderia Moura. Afinal, segundo o próprio, em seu Mini-Manual do Guerrilheiro Urbano, “a acusação de “violência” ou “terrorismo” sem demora tem um significado negativo. (…) Hoje, ser “violento” ou um “terrorista” é uma qualidade que enobrece qualquer pessoa honrada, porque é um ato digno de um revolucionário engajado na luta armada contra a vergonhosa ditadura militar e suas atrocidades”.

Na realidade, práticas terroristas, como raptar embaixadores e implantar bombas prestes a explodir perto de pessoas inocentes, são, para Marighella, atos nobres e revolucionários, e quem os pratica não deve se envergonhar de assumí-los.

Segundo ele, “o terrorismo é uma arma que o revolucionário não pode abandonar”, consistindo em “uma ação, usualmente envolvendo a colocação de uma bomba de fogo de grande poder destrutivo, o qual é capaz de influir perdas irreparáveis ao inimigo”, tudo isso devendo ser executado “com muita calma, decisão e sangue frio”.

Além do terrorismo, havia outros recursos estratégicos de que o guerrilheiro podia fazer uso, tais como: “assaltos, invasões, ocupações, emboscadas, (…), execuções, seqüestros, sabotagem”. Seria Marighella, afinal, da “direita burra” e “careta”?

Em todo o seu Manual, Marighella deixava claro que defendia que se pegasse em armas não apenas para combater o autoritarismo militar, mas também o “imperialismo americano” e o “grande capital”. Em seu delírio assassino de grandeza, desejava “colaborar para a criação de um sistema totalmente novo e uma estrutura revolucionária social e política, com as massas armadas no poder”.

Quem ainda acredita que figuras como ele merecem ser honradas por um suposto “heroísmo democrático”, que lutavam por eleições livres e diretas e por maior participação do povo nas decisões políticas, dentro de um regime ordenado e constitucional, está realmente em um estado de desinformação grave, ou, pior ainda, de cegueira ideológica.

O método de Marighella era “a exterminação física dos chefes e assistentes das Forças Armadas e polícia” e “a expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários e imperialistas, com pequenas expropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução”.

Isto é, para derrubar o regime militar e o capitalismo, era necessário sair roubando as propriedades privadas dos empresários e sobreviver com base nesse roubo. Essa ladroagem, friso novamente, não tinha qualquer finalidade democrática, mas precisamente a implantação de uma ditadura completa e totalitária, algo incalculavelmente pior que o sistema então vigente no país.

O resultado da ação de gente como Marighella é conhecido: incentivar o endurecimento do regime, que atinge seu auge por volta dos anos 70. Foi o esgotamento econômico dos militares, somado à ação da oposição democrática, atuante no MDB e nos partidos que surgiram após o início da abertura gradual –capitaneada pelos próprios militares -, que desencadeou o desfecho daquele ciclo e o começo da Nova República.

Não há absolutamente nada que devamos agradecer a assassinos e terroristas como Marighella. Não há absolutamente motivo nenhum para louvá-lo e santificá-lo, muito menos para desautorizá-lo quando ele mesmo diz quem efetivamente era e quais eram suas intenções.

Diante do mito esquerdista e psolista que deseja vender sob forma de arte, porém, a verdade não tem importância para Wagner Moura e utopistas como ele. Assim fica demarcada a diferença entre nós e eles.

* Lucas Berlanza é jornalista, assessor de imprensa e colunista do Instituto Liberal.



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