Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O corpo diz

O corpo diz

27/05/2017 Eduardo Shinyashiki

Podemos dizer que a linguagem corporal é o mais primitivo sistema de comunicação.

Os acontecimentos do dia a dia nos ensinam que o nosso corpo é marcado pela história individual, social, por costumes e tradições que foram transmitidos para nós. Expressões, gestos e posturas refletem o nosso posicionamento no mundo de uma maneira muito mais concreta do que as palavras.

Um dos primeiros estudiosos que pesquisou a importância da comunicação não verbal foi Charles Darwin, em 1872, quando afirmou em sua obra que comportamentos e expressões como o sorriso, o choro, a dor, a raiva e o medo, típicos dos seres humanos, também estão presentes em outras espécies do reino animal.

Por isso, podemos dizer que a linguagem corporal é o mais primitivo sistema de comunicação. Outro estudioso, o professor americano Albert Mehrabian, evidenciou a importância da comunicação não verbal em 1967, quando publicou sua pesquisa sobre a linguagem corporal, demostrando que só 7% do significado da mensagem no processo de comunicação é transmitido por meio das palavras, porém, essa é apenas uma pequena parte do diálogo.

A componente não verbal – o tom de voz, o ritmo, as pausas – é responsável por 38% da mensagem e o elemento paraverbal, que é a linguagem corporal, ou seja, a postura, o olhar, a mímica facial, os gestos, as expressões do rosto e os movimentos do corpo, são responsáveis pelos 55% da comunicação.

A partir disso, podemos concluir que quando falamos com alguém somos observados de todos os pontos de vista, mas nós também avaliamos o nosso interlocutor, ou seja, somos analisados e analisamos, mesmo inconscientemente, não apenas pelo que se diz com as palavras, mas também, com o corpo e pelo tom de voz.

No trabalho, por exemplo, seja em reuniões, em entrevistas, em encontros com clientes e fornecedores, precisamos nos observar e analisar com atenção o interlocutor, para melhor sermos compreendidos e entender as intenções e emoções do outro.

No caso de um líder, esse profissional precisa estar atento para perceber e compreender quando alguém está motivado ou desmotivado, entusiasmado ou apático, comprometido ou desinteressado, para direcionar e focar ações que concretizem os resultados.

Mas, quando estou consciente da minha linguagem corporal? Por que é tão importante compreender a nossa comunicação não verbal? E das demais pessoas? A linguagem corporal transmite elementos adjuntos à comunicação verbal e é mais decisiva, pois é mais sincera e espontânea na transmissão das informações, afinal, expressa pensamentos e emoções de forma mais intensa e verdadeira que as palavras.

Muitas vezes, a empatia é criada pela observação, acompanhamento e valorização dos sinais corporais que o outro envia no processo de comunicação, criando assim, o sentimento que o ser humano mais valoriza: sentir-se compreendido e respeitado. Nossa linguagem corporal, algo complexo e sutil, conta a história pessoal de cada um de nós.

Ela se modifica no decorrer da vida, demonstra a evolução e maturidade de cada um, transforma-se dependendo do estado de ânimo, da situação e contexto em que nos encontramos, gerando o grande desafio da comunicação, já que cada pessoa é um universo a ser compreendido em diferentes momentos.

Identificar essa linguagem permite aperfeiçoar todas as nossas relações e, consequentemente, os resultados, performances e diálogos para viver como desejamos e merecemos!

* Eduardo Shinyashiki é mestre em neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal.



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena