Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Universidades inovadoras também devem inovar a si mesma

Universidades inovadoras também devem inovar a si mesma

29/05/2017 Renato Dias Baptista

A demanda por mudanças é um pré-requisito para continuar a existir.

A universidade pública demanda por uma revisão de valores com o objetivo de atender aos novos desafios relacionados ao seu papel. A estrutura lenta, preocupada com a própria folha de pagamentos e permeada pela procrastinação não pode desertar das reformulações.

Muito distante de uma concepção clichê, é preciso reafirmar o valor do planejamento estratégico e da responsabilidade na gestão dos recursos para acolher os anseios da pesquisa, do ensino, da extensão, bem como das novas conexões que a realidade global requer.

E, como ocorre em qualquer organismo vivo, a demanda por mudanças é um pré-requisito para continuar a existir. Os momentos de crise apenas evidenciam essa obrigação. Se os que ´pensam sobre a universidade´- que em princípio deveriam ser inovadores – não apresentam os caminhos, a contabilidade ocupará esse espaço inabitado.

Todos nós sabemos que os números tendem a contemplar a complexidade em outro estilo. Veja-se o caso da preconizada terceirização das atividades fim, ela espreita os espaços da administração pública e, de tanto espreitar, será convidada a entrar.

Essa realidade é estimulada pela própria condescendência dos indivíduos ou da inexistência de sugestões efetivas. Por não se propor soluções permite-se o convencional. Tal qual ocorre em todas as esferas do Estado, essa proposição se baseia na ideia de que o termo ´inovação da universidade´ é algo aversivo, principalmente para os que consideram a instituição pública como um lugar individual, uma propriedade onde os temperamentos são aflorados, onde a estabilidade confunde-se com estagnação, instantes em que os pontos de vista são modelos de gerenciamento e opiniões determinam os caminhos ao labirinto do adiamento.

A universidade pública não atingirá a inovação se não iniciar em si mesma essa ação. É preciso abandonar o corporativismo e a apatia, muitas vezes fomentada por uma antiquada estrutura de cargos, promoções que privilegiam o tempo de serviço e nomeações que não vinculam às competências. Há muito tempo já se afirma que a capacidade de gestão não é nomeada, mas desenvolvida.

As mudanças internas poderão gradualmente facilitar o deslocamento em direção aos melhores conceitos globais de ensino, pesquisa, extensão e de conectividade. Sim, conectividade, esse é o termo evidenciado por Ellie Bothwell - Which universities are the most innovative? – da Times Higher Education and The World University Rankings ao afirmar que as parcerias entre universidades e indústrias são cada vez mais comuns no mundo todo.

A propósito, ao citar Robert Tijssen da Universidade de Leiden, ele afirma que a conectividade universidade-indústria é uma nova missão da universidade. Essa missão será possível quando os interesses restritos derem espaço à coerência e quando a inovação vencer a inércia.

* Renato Dias Baptista, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, é professor assistente doutor da Universidade Estadual Paulista, UNESP, Campus de Tupã.



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena