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O letramento digital como instrumento de mudança social

O letramento digital como instrumento de mudança social

06/08/2017 Joice Lopes Leite

O processo de ensino tem sofrido mudanças naturais com o passar dos anos.

Fortalecer o aprendizado de uma nova linguagem é, sem dúvida, um processo cultural e acadêmico enriquecedor, que está diretamente atrelado ao desenvolvimento humano e às necessidades básicas, como a de se comunicar.

A exploração dessa aprendizagem acontece ainda na infância, quando a criança passa pela fase de alfabetização, adquirindo a habilidade de ler e escrever. Esse episódio é fundamental para a evolução do ser na sociedade.

Porém, apesar de extremamente importante, o processo de ensino tem sofrido mudanças naturais com o passar dos anos. O objetivo é o mesmo, porém, o percurso e as ferramentas adquiriram nova forma, principalmente por conta da evolução tecnológica. Um desses métodos, que precisamos urgentemente discutir e entender, é o letramento digital.

Engana-se quem acredita que o letramento digital é apenas uma metodologia de alfabetização tecnológica, que explora novas linguagens, métodos, ferramentas e jargões. Esse tipo de aprendizado é muito mais que isso e deve ser avaliado pelos educadores como um importante instrumento de mudança comportamental e social.

Isso porque, no letramento digital, é analisada a importância da tecnologia no nosso dia a dia e como o uso correto dos canais digitais pode proporcionar resultados expressivos. Esse método une leitura, escrita e conhecimentos empíricos em um conjunto de aplicações analíticas, que promovem um olhar diferenciado sobre múltiplos temas.

Sob esse ponto de vista, consideramos o letramento um divisor de águas ainda pouco explorado atualmente. Não basta oferecer ferramentas como tablets e smartphones se não mostrarmos o quanto esses mecanismos auxiliam para a evolução e a resolução de conflitos.

Se o professor disponibiliza atividades com jogos virtuais em sala de aula, por que não enaltecer o quanto esse passatempo ajuda diretamente no enriquecimento do papel e perfil analítico, além de prover um olhar estratégico sobre uma situação? Esse é um caminho que promove transformação comportamental, na qual o indivíduo enxerga a tecnologia como aliada e não como meio.

Ainda assim, é necessário reforçar que esse processo é bastante profundo, pois ele não aprende apenas a utilizar, mas a pensar e a programar com novas possibilidades. No Colégio Visconde de Porto Seguro, onde sou a responsável pela área de Tecnologia Educacional desde 2016, disponibilizamos aos alunos do Fundamental I ao Ensino Médio um conjunto de atividades que objetivam o letramento digital e a aplicação das tecnologias.

Na matriz de aulas das turmas, de Infantil 4 até 7º ano no Ensino Fundamental II, há uma aula de letramento digital por semana, que tem como foco desenvolver as expertises criativas, técnicas e práticas necessárias para realizar as tarefas do dia a dia com confiança e para participar com sucesso em um mundo cada vez mais tecnológico.

Como exemplo, as aulas de robótica permitem que os alunos programem e organizem experimentos com robôs, motivando-os a aprender, nas aulas makers “mão na massa”, que propõe aos estudantes a experimentação do universo trabalhando com os fundamentos do processo criativo (design thinking).

É um currículo para o design e a tecnologia. Opções e mecanismos para inserir um indivíduo tecnologicamente são múltiplos nos dias de hoje. O importante é se atentar aos resultados, ao estímulo do olhar 360 graus e inteligência aplicada ao fazer.

Viver na era da informação é fantástico e pode potencializar o aprendizado se desde muito cedo oferecermos e exemplificarmos o que é possível desenvolver com as ferramentas em mão.

Confio cada dia mais no poder dos professores para se tornarem vetores de uma mudança social importante, utilizando tecnologia, didática e afetividade a serviço de um mundo melhor.

* Joice Lopes Leite é Coordenadora Institucional de Tecnologia Educacional do Colégio Visconde de Porto Seguro.



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