Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Transtorno do Pânico: qual caminho seguir?

Transtorno do Pânico: qual caminho seguir?

28/08/2017 Elaine Ribeiro

Nem sempre existe explicação exata de como o Pânico começa.

 “Indo para o trabalho, sentei-me naquele ônibus cheio. Comecei a sentir um tremor estranho… Logo vieram suor, coração batendo na garganta… Desespero… Sensação de estar confuso...”

"Estava em um ótimo momento, viajando e fazendo o que mais amava: estar com meus filhos. Foi nessa hora que um filme de terror começou a acontecer comigo…”

“Eu estava num ritmo frenético; muitas solicitações, pressão de todos os lados no trabalho. Foi daí que recebi a indesejável visita dele.”

Nesses relatos, uma situação em comum: sinais de uma ansiedade quase que incontrolável e a certeza de morte ou de algo que sai do controle. Sintomas com características muito mais físicas do que emocionais. São relatos de pessoas que passaram por um episódio de pânico ou são portadoras do Transtorno do Pânico.

O pânico passa por uma estrutura fisiológica e cerebral, que dispara as crises e reações mais ou menos intensas de ansiedade e medo, levando as pessoas até mesmo ao isolamento social. Como qualquer doença, requer acompanhamento especializado e uma compreensão ampla, tanto do paciente quanto daqueles com quem convive.

As interpretações, muitas vezes distorcidas, de familiares, amigos, colegas de trabalho, das empresas, ainda são grandes barreiras no cuidado efetivo das pessoas que passam pelo Transtorno do Pânico, fazendo com que muitas tenham dificuldade para buscar ajuda especializada, que passa pelo cuidado médico e psicológico.

Portanto, não é algo que envolve o “querer estar bem”, nem trata-se de falta de caráter, força ou fé. A crise se manifesta com sintomas físicos e emocionais, durando de 5 a 30 minutos, caracterizada por intensa ansiedade e medos desproporcionais, de uma ameaça da qual não sabemos a origem nem ao menos se, de fato, existe. Na presença dos sintomas, na maioria das vezes, a pessoa vai ao pronto-atendimento dos hospitais, pois é comum os sinais serem confundidos com os de um infarto.

O sistema nervoso autônomo fica fortemente excitado e tomado de sensações de ameaça, perigo, morte, perda de controle ou receio de ser ridicularizado em público. Nem sempre existe explicação exata de como o Pânico começa. Pesquisas mostram que uma vida agitada, sem pausas, de muitas exigências, cujas pessoas são autocríticas e ansiosas, pode contribuir para as crises.

Ao passar pelos sinais e passar por um processo de diagnóstico, é importante, além do uso de medicamentos para equilibrar o “químico”, também buscar ajuda na psicoterapia. O tratamento contribuirá para a pessoa identificar os sinais de alerta, bem como lidar com as crises, que não têm uma hora certa para acontecer.

Ao aceitar ou compreender as situações que geram ansiedade e as crises, a pessoa passa a ser capaz de lidar com elas de forma mais racional e de administrar os sintomas, minimizando a percepção catastrófica daquele momento. É muito importante que, ao iniciar o tratamento, ele não seja interrompido frente às melhoras apresentadas, pois apenas os profissionais poderão dar este retorno ao paciente.

As interrupções repentinas, podem piorar o quadro em questão. Para que a pessoa tenha mais qualidade de vida é necessário que ela constate sua capacidade de lidar com os sintomas e situações que favorecem o Transtorno do Pânico ou com eventuais sentimentos autodepreciativos, até desqualificantes.

* Elaine Ribeiro é psicóloga clínica e organizacional e colaboradora da Fundação João Paulo II/Canção Nova.



O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto