Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Escola e aprendizado

Escola e aprendizado

11/05/2018 Cleia Farinhas

Motivação para aprender, sempre!

Ao mesmo tempo em que constatamos que a facilidade de acesso à informação pode ser um ativo importante para impulsionar as pessoas em direção ao conhecimento, nos deparamos com notícias como as do Censo Escolar da Educação Básica 2017, que mostram uma preocupante redução no número de alunos matriculados no Ensino Médio, fato que nos leva a algumas reflexões sobre o papel da escola nesse cenário.

O levantamento, divulgado pelo Ministério da Educação, aponta que 1,5 milhão de jovens ficaram fora da sala de aula no ano passado. A imensa - muitas vezes, até incontrolável - oferta de informação online derrubou por completo a barreira que separava o indivíduo da informação e do conhecimento construído histórica e socialmente.

Hoje em dia, qualquer pessoa pode aprender sobre qualquer assunto de seu interesse. Basta procurar para encontrar conteúdos impressos, digitais, gratuitos ou pagos. Diante disso, vemos um número muito alto de estudantes que acabam desistindo da escola nos últimos anos da Educação Básica.

O que aconteceu com a curiosidade, a vontade ou a necessidade tão humana de aprender pelas vias formais? Por que jovens, que deveriam estar cada vez mais entusiasmados diante de tantos incentivos, simplesmente parecem “desistir de aprender na escola”?

Sabemos que fatores sociais e econômicos podem interferir - e muito - no caminho para a escolaridade, mas somente isso não basta para fechar essa questão. Precisamos analisar o problema, lançando um olhar crítico sobre a forma como a educação vem se sustentando ao longo dos anos e o modelo de escola que oferecemos aos nossos estudantes.

É certo que a educação formal e tradicional, que historicamente coloca o professor como protagonista e detentor absoluto dos conhecimentos, já não funciona para as novas gerações, acostumadas a obterem o que querem com apenas um click no mouse ou uma deslizada de dedo pelo celular.

Fato é que a internet expandiu os horizontes e fez surgir, por força das circunstâncias, uma dinâmica diferente entre quem ensina e quem aprende. Escolas e educadores que já perceberam essa mudança adaptam-se continuamente revendo seus papéis e atuando para construir uma escola mais inclusiva no que tange a metodologias e recursos de gestão de aprendizagem, sem esquecer de mobilizar a curiosidade e o apreço pelo aprender em um ambiente desafiador, sem perder o acolhimento.

Uma boa dose de espanto e incredulidade pode influenciar positivamente a postura do estudante. Pensada sob essa perspectiva, a escola ajuda a criar o interesse por meio de um processo - às vezes árduo, sabemos - de parceria entre os professores, alunos e suas famílias. É preciso assumir o compromisso de estar junto - e não à frente ou acima.

Cabe a nós, professores, ajudar a construir pontes que aproximem cada vez mais crianças e jovens do conhecimento. Como fazer isso? Estimulando os meninos e meninas na busca por respostas a perguntas que não necessariamente tenham relação com o conteúdo de sala de aula.

É preciso fazer com que ele se sinta desafiado a alçar voos longos - e o lugar certo para essa trajetória ser iniciada é a escola, que deve ser vista pelos alunos como um espaço permanente de acolhimento de pessoas e ideias. Aprender depende, principalmente, de motivação e atitude. O estímulo surge quando algo nos provoca, incentiva e mobiliza.

E tal mobilização pode ser conquistada quando se conseguir transformar a escola em um lugar que alimente o sonho e incentive a criação de um projeto maior, para a vida. Só assim nossos estudantes conseguirão se concentrar e enxergar que todo esse processo de construção do conhecimento vale, de fato, a pena.

* Cleia Farinhas é gerente pedagógica da Editora Positivo.

Fonte: Central Press



O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto