Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Inteligência Artificial em saúde

Inteligência Artificial em saúde

03/06/2018 Rogerio Pires

A Inteligência Artificial (IA) já faz parte da vida de todos, mesmo sem a gente perceber.

Por exemplo, é ela que está por trás das sugestões de compras que recebemos em um site – uma máquina estudou os nossos padrões de navegação e indicou produtos que julga ser interessante para nós.

Especificamente para o setor de saúde, o uso de recursos cognitivos no atendimento ao paciente é uma realidade amplamente difundida. Entre algumas formas de utilização, podemos citar: reconhecer padrões em históricos de pacientes para prever possíveis doenças; combinar informações de diversas fontes para aprimorar diagnósticos; monitorar o doente através de aparelhos de UTI e enviar notificações para o médico, entre outras.

Entretanto, IA tem capacidade para impactar positivamente outros setores da saúde, em especial, os que são relacionadas à gestão dos negócios. Olhando para o processo de compliance em operadoras, vemos que a autorização de consultas e exames bem como procedimentos cirúrgicos e internações são atividades bastante sensíveis.

São realizadas, na maioria das gestoras de saúde, manualmente, por meio de envio de guias ou liberação em portais, com um atendente abrindo uma solicitação em um sistema inserindo uma infinidade de informações. Neste contexto, vamos imaginar que o paciente precise colocar um cateter cardíaco.

Em uma rotina habitual, o pedido é enviado para a operadora. Na outra ponta, um atendente/auditor da central de autorizações analisa o pedido e libera baseado em regras preestabelecidas pela operadora.

Porém, como não existem sistemas cruzando as informações e apontando inconsistências, dificilmente será identificada fraude em alguma etapa do processo. Por exemplo, o médico solicitou um cateter de R$ 500,00 para uma cirurgia, mas se baseado em solicitações anteriores, o sistema soubesse que na verdade, esse equipamento custa R$ 100,00, alertaria o profissional e evitaria um custo desnecessário.

Outro ponto crítico para as operadoras é a internação. Atualmente, o modelo em vigor é o fee for service, em que os estabelecimentos de saúde são pagos por serviços, procedimentos e insumos na alta do segurado – nessa conta entra desde seringas, passando pelos medicamentos até os exames realizados.

Esse padrão favorece o aumento de custos e desperdícios de recursos, já que muitas vezes alguns materiais não chegaram a ser utilizados de fato – e nem sempre o hospital age de má-fé, pode ter sido apenas uma falha do profissional na hora de listar os itens.

Se uma seguradora tem, por exemplo, 1 milhão de vidas asseguradas, será praticamente impossível conferir manualmente cada conta e se certificar que o que foi faturado, era de fato necessário ou se os procedimentos autorizados estavam dentro dos padrões predefinidos.

Agora, se ela contar com uma solução de IA para correlacionar os dados automaticamente e indicar o que não está em conformidade, terá um recurso valioso para reduzir custos e uma dinâmica que não depende de interação humana e consequentemente, é menos passível de erros.

A IA também pode ser usada para outras áreas, como na elegibilidade, garantindo que o paciente seja realmente o titular do plano, no monitoramento do faturamento e glosas, além de auditoria médica.

Quando olhamos para a gestão de uma operadora, a adoção de IA ainda é muito incipiente. Mas se reduzir custos operacionais é uma demanda para ontem, porque não investir nessa tecnologia?

A resposta é composta por vários fatores, desde a falta de informatização das instituições até a escassez de soluções no mercado focadas em processos administrativos médicos. Porém, vale ressaltar que a tecnologia já existe e é capaz de transformar o setor da saúde muito além dos diagnósticos, basta as empresas enxergarem esse potencial de aplicação.

* Rogerio Pires é diretor de Healthcare da TOTVS.

Fonte: RMA Comunicação



O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto