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A hora das políticas do álcool

A hora das políticas do álcool

07/12/2018 Guilherme Messas

Todos sabemos do sucesso da política do tabaco no Brasil.

Por meio de intervenções firmes na sociedade – como proibição de publicidade e banimento do uso em locais fechados – temos assistido a uma substancial redução do uso de tabaco no país. Infelizmente, não é o que observamos no tocante ao uso de álcool.

A despeito das evidências científicas mostrarem claramente a dimensão da nocividade do uso de álcool no Brasil (assim como em várias sociedades do mundo), muito pouco se tem feito para o controle deste problema.

Na verdade, o problema de álcool tem aumentado no país, como se vê pela maior frequência de pessoas usando álcool em episódios em grandes quantidades em pouco intervalo de tempo, chamados de binge drinking. Estes são um grave problema social, pois se ligam à violência familiar, aos acidentes automobilísticos e a vários outros comportamentos de risco.

Conseguir aproximar as evidências da ciência das necessidades de saúde pública da população ainda é um grande desafio, que exige a participação de todos. Por isso, é fundamental a iniciativa da Organização Mundial de Saúde de promover uma ação efetiva e ampla em relação aos danos causados pelo álcool.

As ações estratégicas defendidas pela OMS, por meio da iniciativa SAFER, para controle do álcool, devem ser apoiadas pelo conjunto da sociedade civil, visando a pressionar os governos para sua implementação. A restrição ao acesso ao álcool, incluindo a proibição ou restrição significativa de sua publicidade e promoção, é medida urgente para a efetivação de uma política de saúde pública no país.

Da mesma maneira, é fundamental que haja formação e treinamento de pessoal técnico para oferecer proteção à população sob risco. Apenas a ínfima minoria dos cidadãos necessitados de tratamento para problemas relacionados ao uso de álcool está recebendo ajuda, no momento.

É hora de mirarmos no álcool como o principal alvo das políticas de saúde pública. Sabemos como fazer, conseguimos no caso do tabaco. A ação concertada da sociedade civil tem todas as condições de ter sucesso agora também com o álcool.

* Guilherme Messas é psiquiatra especialista em Álcool e Drogas, é Professor e Coordenador do Programa de Duplo Diagnóstico em Álcool e Outras Drogas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Fonte: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo



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