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Bananeira não dá pera

Bananeira não dá pera

25/01/2019 Acedriana Vicente Vogel

São as coisas mais simples e singelas que nos marcam positivamente.

Inúmeros são os ditos populares que explicam os percalços da vida, carregados de sabedoria, professados pelas pessoas que nos antecederam e que não perderam o valor pedagógico, ao longo do tempo. Há pessoas que passam pela vida “plantando vento” e se surpreendem quando acabam por “colher tempestades”.

Não é raro se atribuir à sorte as conquistas das pessoas. Que uma parte da conquista é graça, não há dúvidas, mas a outra é esforço, trabalho, dedicação e muita persistência diante das adversidades.

Em Santa Catarina, lugar de onde eu venho, ditos populares nos economizam uma série de explicações sobre o que acontece nos relacionamentos humanos, pois comunicam e ensinam, de forma espontânea, direta e bem-humorada. Capturo, com isso, portanto, o valor da simplicidade em nossos relacionamentos. E, mais ainda, o quanto é complexo ser simples.

O início de um ano é, para mim, como um caderno novo, que nos impele a organizar e caprichar somente pelo fato de ser novo. Inúmeros são os propósitos que temos e que, de tantos, acabam no esquecimento. Portanto, faço um convite para avaliar esse “check list”, a fim de encontrar um tempo na agenda deste ano para exercitar a simplicidade, tão presente na infância e, por vezes, esquecida na vida adulta.

Steve Jobs, fundador da Apple, dizia que a simplicidade era o seu mantra, tanto quanto o foco. “O simples pode ser mais difícil que o complexo: é preciso trabalhar duro para limpar seus pensamentos de forma a torná-los simples”, afirmou certa vez. É a simplicidade que emoldura a memória emocional, que nos constitui como gente e, para reativá-la ao nível da consciência, é necessário nos perguntar: pelo que o nosso coração “suspira”?

Particularmente, encontro um “cardiosuspiro” no tempo em que passávamos na estufa do meu avô, varando noites para secar o fumo, comendo balas de puxa-puxa feitas pela minha avó, que puxava o melado quente, de uma mão para a outra, até ficar ao ponto de bala. Essa convivência era regada por muitas histórias sobre a vida, que me ajudaram a ser quem eu sou e despertam em mim um orgulho que pulsa, ou seja, ativa um suspiro que me enobrece ao recordar (pensamento que passa pelo coração).

Curiosamente são as coisas mais simples e singelas que nos marcam positivamente. Não é incomum, particularmente, me emocionar com o cheiro do fogão à lenha. Ele me remete a um tempo onde a vida era menos complexa e mais intensa de sentido, emerge do exercício dessa memória que nos “gentifica”, ou melhor, que resgata os contornos que nos fazem mais gente, mais responsáveis por aquilo que nos tornamos, sem a falsa expectativa de poder colher pera de uma bananeira.

* Acedriana Vicente Vogel é diretora pedagógica da Editora Positivo.

Fonte: Central Press



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