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Como não errar ao investir?

Como não errar ao investir?

30/10/2019 Gabriel Moura

Muitas pessoas têm receio em falar sobre os seus investimentos, pois ainda é um grande tabu falar sobre dinheiro.

Felizmente, recentemente a conversa sobre investimentos tem se tornado um pouco mais comum e natural.

O avanço das redes sociais e de literaturas sobre o mercado financeiro ajudam nesse processo. Cada vez há mais blogs, canais na internet e livros que tratam sobre o assunto.

O número de CPF’s cadastrados na bolsa é cada vez maior. No início de 2019, o número de investidores era cerca de 850 mil, atualmente já ultrapassa a barreira de 1,1 milhão, um salto de 30% em 8 meses.

Esse aumento é muito importante, e a tendência é que cresça em um ritmo cada vez mais acelerado. Contudo, esses investidores cometem, na maioria das vezes, uma série de erros que são comuns e repetitivos.

Esse artigo tem como objetivo explicitar alguns destes erros e evitar que o investidor continue os cometendo.

Quando uma pessoa está com algum sintoma de doença, ela logo procura um médico especialista. Seria muito imprudente buscar uma automedicação, ou fazer algum procedimento sem ter o conhecimento necessário.

A mesma prudência deveria ser adotada quando falamos de investimentos, mas não é o que ocorre. No Brasil, a grande maioria dos investidores ainda faz seus investimentos sozinhos, sem o auxílio de uma pessoa capacitada.

Neste caso, quando se adota essa postura, as consequências na saúde financeira podem ser irreparáveis.

Muitas vezes, o investidor ainda aloca produtos sem entender as suas condições e prazos, além dos possíveis riscos.

Ao aportar recurso em determinado produto é expressamente recomendado que o investidor conheça exatamente onde está aplicando.

Isso é extremamente importante para evitar que o investidor se frustre com uma determinada aplicação, em todos os âmbitos.

Todos os produtos do mercado financeiro, desde o mais conservador até o mais agressivo, têm riscos. Entender quais riscos são inerentes à cada produto, pode evitar que o investidor tenha perdas excessivas.

O prazo também sempre deve ser levado em consideração. Um produto que eventualmente não pode ser resgatado antes do vencimento, caso tenha o resgate forçado, pode trazer uma rentabilidade bem abaixo do esperado.

Ao saber exatamente as condições do produto, o investidor poderá fazer uma alocação mais assertiva, pois terá as informações necessárias para decidir se a aplicação está adequada ao seu perfil de risco e se o prazo o atende.

Além disso, em muitas situações, a falta de paciência do investidor é um problema muito grave. Voltando ao exemplo das doenças, se um paciente está com uma dificuldade e precisa se medicar, ele raramente, ao tomar um remédio, sentirá resultados relevantes logo no dia seguinte.

A mesma lógica trazemos para os investimentos. Ao ser bem orientado sobre o assunto e entender o produto, o investidor deve aguardar para que esse investimento traga a rentabilidade esperada.

Cabe reforçar que toda e qualquer aplicação tem o seu grau de risco, então pode ocorrer que em um determinado período, a rentabilidade não seja tão interessante.

O investidor, na maioria dos casos, fica ansioso e logo opta por resgatar e realizar prejuízo. Aqui, novamente é preciso ressaltar, que é do papel do profissional auxiliar o investidor, e entender o motivo da rentabilidade estar abaixo do esperado.

Obviamente, ao fazer uma aplicação, ninguém quer ter prejuízo, e eventualmente terá, mas é fato que uma parte destes prejuízos só ocorre devido a impaciência e ansiedade do investidor.

Por fim, outro grande erro por parte dos investidores é não diversificar corretamente a sua carteira. Cuidado! Diversificar demais também não é uma boa estratégia!

Um ditado muito conhecido é “não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta ”. Isso é verdade. Para o mundo dos investimentos, mais do que dividir as cestas, é separar também as prateleiras nas quais as cestas serão colocadas.

Ou seja, é muito importante fazer uma alocação diversificada e inteligente, buscando produtos que se adequem ao perfil, pois assim, independentemente do cenário do mercado, o investidor terá na carteira algum produto que proporcione uma boa remuneração.

Eventualmente, o patrimônio vai sim reduzir, mas uma alocação diversificada pode fazer com que essa perda seja mais suave.

Ao alocar, por exemplo, todo o recurso em renda variável, caso o mercado esteja vivendo um momento negativo, o patrimônio também sofrerá oscilações, sendo assim a importância da renda fixa se torna evidente.

Além disso, é necessário ter uma carteira de ações também diversificada, variando entre setores e papéis, para que no global, o resultado seja atraente.

Mas como dito anteriormente, diversificar demais não é um ponto positivo. Além de tornar o acompanhamento da carteira muito mais complexo, ao se ter vários ativos, o impacto de cada um deles dentro do patrimônio, será irrisório.

Provavelmente, muitos investidores irão se identificar com alguns dos erros mais comuns do mercado. A necessidade de se ter o auxílio de um especialista na tomada de decisão é clara, mas isso não tira totalmente do investidor a responsabilidade de entender e acompanhar suas aplicações.

Algo que também é muito importante é seguir as aplicações, e aguardar que as mesmas tragam o retorno esperado. Mudanças na alocação devem sim ser feitas de maneira dinâmica, observando os momentos adequados.

Com os devidos fundamentos, acompanhamento especializado e uma carteira corretamente diversificada, a probabilidade de se ter sucesso na sua carteira de investimentos é grande.

* Gabriel Moura é sócio da Monteverde Investimentos. 

Fonte: Naves Coelho Comunicação



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