Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Como ficarão as aulas?

Como ficarão as aulas?

01/06/2020 Valmor Bolan

O primeiro semestre do ano letivo de 2020 está comprometido, com as crianças, adolescentes e jovens em casa, nem todos entendendo bem o que está acontecendo, principalmente as crianças menores.

Em muitas casas, os pais também estão em casa, por causa da quarentena. O fato é que muito se diz que não haverá mais a normalidade como era antes, ainda no começo do ano.

Não sabemos também quando exatamente as atividades sociais serão novamente possíveis, e tudo isso tem provocado angústia. Ansiedade e até depressão em muitos.

E muitas interrogações sobre como poderá ser o "novo normal", após a pandemia do coronavírus. Em reportagem publicada em O Globo, Audrey Furlaneto, ouviu vários especialistas sobre o assunto.

O governo federal dispensou as escolas de cumprir os 200 dias letivo, condensando a carga horária para 800 horas, o que foi criticado pelos especialistas, que não consideraram essa a melhor saída. 

Vários temas foram objeto de abordagem, especialmente o ensino a distância (EAD), a formação dos professores e o papel dos pais no processo de educação dos filhos.

Segundo Andrea Ramal, "o ensino atual não deveria ter como referência a quantidade de conteúdos, e sim as competências: os conhecimentos, habilidades e atitudes que os estudantes desenvolvem. Aprender é um processo, não adianta condensar o aprendizado em menos dias e muitas horas diárias. Se os alunos ficarem mais tempo sem ir à escola, é melhor relativizar o 'ano letivo' e reorganizar as etapas de aprendizagem em módulos".

Priscila Cruz lembra que o fim da quarentena não significa a mesmo  coisa que voltar de férias. "Será preciso fazer um nivelamento, para saber em que ponto está cada aluno. Uma estratégia eficiente seria separar os alunos por classes de desempenho e criar uma intervenção distinta para cada nível de aprendizagem".

Sobre o ensino à distância, Catarina de Almeida Santos diz que a pandemia tem sido usada para deturpar a modalidade, difundir concepções simplistas do processo de ensino-aprendizagem, comercialização de soluções ilusórias para os problemas da educação no país, apropriação de dados de professores, estudantes e seus responsáveis, por parte de muitas plataformas que lucrarão durante e depois da pandemia.

“O que se vende é que a tecnologia resolverá tudo, deixando de ser meio e se tornando fim”. Daniel Cara "educação à distância não é eficaz para a educação básica, que vai da creche ao ensino médio. Tampouco para a graduação. É simples a questão: se estávamos indo mal com Educação Presencial, agora está mais difícil."

E Priscila Cruz completa: "nunca a educação à distância substitui, nem é tão boa quanto a educação presencial".

O que vemos então é uma expectativa de que tudo mudará, se adaptando à realidade on line. Segundo os especialistas, não é bem assim.

O ensino a distância pode auxiliar no processo ensino-aprendizagem, mas não substituir inteiramente a relação aluno-professor.

Por isso que é cedo para conjecturas de como serão as aulas após a pandemia. O importante é que haja planejamento e senso da realidade, aproveitando ao máximo as possibilidades existentes para que o ano letivo tenha o melhor proveito.

Há muito que pensar sobre esse desafio, pois estamos diante de um fato histórico sem precedentes e que requer de nós responsabilidade, boa disposição e criatividade.

* Valmor Bolan é Doutor em Sociologia e Professor da Unisa.

Fonte: Reginaldo Bezerra Leite



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena