Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Os três “Fs” de D. Pedro e de Salazar

Os três “Fs” de D. Pedro e de Salazar

03/08/2020 Humberto Pinho da Silva

Dizem que D. Pedro do Brasil, quando invadiu Portugal, desembarcou em Mindelo, e sentiu fome.

Distanciou-se um pouco dos militares e chegou a pequena povoação, onde havia boteco. Entrou, e perguntou ao taberneiro o que havia de comer:

- Fanecas, fritas e frescas! …

D. Pedro abancou-se e comeu as fanecas com boa broa, regadas com bom vinho verde. Na hora de pagar, verificou que não trazia dinheiro. Não se atrapalhou. Dirigiu-se ao tasqueiro, e disse-lhe:

- “Agora as fanecas têm mais um “F”: fanecas, fritas, frescas e fiadas…”

Desconheço a reação do homem…Nem se o Imperador chegou a pagar a ligeira refeição….

Quando era moço – e mesmo muito mais velho, – havia o hábito de dizer, que Salazar, era o homem dos três “Fs”.

Os detratores do Presidente do Conselho, afirmavam, que o estadista, alienava o povo, com: Fátima, Fado e Futebol.

Como se sabe, a religião, é muitas vezes paliativo para as dores deste mundo. O Fado, convida à resignação, e o Futebol, é o ópio do povo: a arena dos gladiadores da velha Roma.

E se havia exagero, havia, também, fundo de razão. Ora o tempo passou. Passaram, igualmente, os detratores do Homem, que governou, com mão de ferro, Portugal.

Chegou: a liberdade, a democracia, e o direito à indignação. Não passaram, porém, os Fs…

Se a religião perdeu interesse, para os políticos (pelo menos em Portugal,) já o Fado, transformou-se em festivais, onde a juventude dá larga ao entusiasmo; e de Futebol… nem é bom falar…

Se outrora, Eusébio, brilhava, agora é o Cristiano. Só que Salazar (seria por economia?) não colocava ecrãs de TV, na via pública, nem “adormecia” o povo, como agora se faz, com o desporto, em muitos países.

Quem não tinha aparelho de TV, ia à cafetaria ou ao clube, assistir ao jogo. Que era mestre, em dar aquilo que o povo gosta, para esquecer as angústias da vida, é verdade incontestável.

Mas, agora, (talvez aprendessem com ele) os três “Fs” continuam em voga; e continuam com força, que não há memória…

E há-de continuar, porque quem governa, desde tempos ancestrais, precisa sempre de: circo e instrumentos para apaziguar os ânimos exaltado…

Infelizmente ou felizmente, poucos conseguem ver isso; a maioria não atinge o que se esconde por trás das palavras inflamadas, dos gestos teatrais e dos atos conciliadores…

A bacoquice e a pacovice andam de mãos dadas…

* Humberto Pinho da Silva

Fonte: Humberto Pinho da Silva



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena