Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Voltar primeiro com os mais velhos: mais autonomia e continência

Voltar primeiro com os mais velhos: mais autonomia e continência

23/09/2020 Acedriana Vicente Vogel

Nunca pensei que chegaria esse dia, mas chegou! Um consenso global sobre o valor da escola para as sociedades, independentemente do seu PIB.

Há relatórios contundentes dos prejuízos causados pelo fechamento das escolas, para além das questões de aprendizagem.

Somos seres sociais por excelência e dependemos das interações extra familiares para aumentar as possibilidades de êxito na experiência humana.

A escola, portanto, é um espaço privilegiado de “gentificação”: da construção dos contornos que nos fazem mais gente, mais responsáveis por aquilo que vamos nos tornando ao longo da vida.

Não faltam razões para que o tema de retorno às aulas presenciais seja uma pauta de destaque.

Além do dilema de quando retornar, há outra questão relevante: quando a escola abrir, devemos iniciar pelos estudantes menores ou maiores?

Entendemos que o retorno das atividades presenciais será escalonado. Diante de uma realidade tão diversa, só conseguiremos chegar a um denominador comum orientados pela observação, análise e bom senso.

Se, por um lado, as crianças menores precisam mais dos adultos para desenvolverem as atividades propostas pela escola e têm mais dificuldade em permanecerem concentradas diante de uma tela; por outro lado, engajar alunos maiores ao trabalho escolar diante de tantas possibilidades de distração que a internet oferece – com pop-up de interesse brotando na tela a cada mexida de mouse - é uma aventura desafiadora para os professores.

Se formos observar os protocolos, é difícil acreditar que conseguiremos manter crianças pequenas com máscara e distantes umas das outras – isso só para pensar nos itens mais simples.

Na prática, alunos trocam pertences como lápis, canetas, borrachas; partilham lanche; com uma bola de meia iniciam um campeonato de futebol no pátio; trocam raquetes de pingue-pongue; se abraçam quando estão com saudades, enfim, no espaço escolar se identifica uma das principais características humanas: a interdependência, ou seja, a necessidade da presença do outro na vida de cada um.

Mas, se tem uma coisa que escola faz é o que não é fácil! O que é fácil qualquer um faz. Somos movidos pelo desafio de fazer a diferença na vida dos estudantes.

Por esse motivo, mesmo sendo uma atividade muito difícil - tão logo nos seja permitido -, queremos voltar. E, a cada dia que estivermos abertos, aprenderemos novos procedimentos, porque nossos alunos ensinam tanto quanto aprendem.

Nesse contexto, creio que iniciar com os estudantes maiores, que possuem mais autonomia e continência, venha a ser a decisão mais sensata e, aos poucos, ampliar para os demais segmentos da escola.

Abrindo um pouco mais o espectro de escolhas, talvez a idade não fosse o fator mais relevante para uma escola.

Uma possibilidade a ser considerada seria a de trazer para mais perto dos professores os seus alunos que apresentaram mais dificuldades no formato remoto ou mesmo aqueles cujos responsáveis estejam em atividades essenciais, com pouco acompanhamento em casa.

Colocaríamos na "terapia intensiva" aqueles que mais precisam de acolhimento, monitoramento e intervenção pedagógica, reiterando o que é notável (digno de nota!): o esforço dos professores para impedir que os seus alunos renunciem ao direito de aprender.

* Acedriana Vicente Vogel é diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino.

Fonte: Central Press



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena