Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Adolescente + redes sociais + isolamento. Será?

Adolescente + redes sociais + isolamento. Será?

21/10/2020 Fabiana Kadota Pereira

A polêmica do uso excessivo das redes sociais pelos adolescentes sempre foi um tema recorrente de debate nas escolas, na mídia, em clínicas e na família.

Seria uma ferramenta que aproxima ou afasta os adolescentes do convívio social?

O que não podemos negar é que este é um caminho sem volta. A tecnologia faz parte da nossa cultura, já está incorporada em nossas rotinas e, principalmente, no dia a dia dos mais jovens.

A internet e as redes sociais ocupam cada vez mais espaço na agenda dos adolescentes, o que vem despertando nos pais uma preocupação com o “isolamento social”.

Afinal, podemos chamar o popular “Call” (apelo, chamada, convite, ligação, convocação) de encontro social?

Se você ainda não conhecia este termo, fique sabendo que o que costumávamos chamar de rolê, paquera ou festinha, foi substituído pelos encontros virtuais conhecidos como Call.

Que critérios precisamos levar em consideração para avaliar se as interações humanas, as discussões e as manifestações de opiniões acontecem, de fato, nos rolês virtuais?

Com a imposição do distanciamento social, em razão da pandemia, a busca por interação por meio das redes sociais deixou de ser apenas uma preferência entre os adolescentes para se tornar o único meio de convívio entre pessoas de todas as idades, por orientações e protocolos dos órgãos de saúde.

Essa experiência, que os pais vinham tentando controlar em doses homeopáticas, se tornou um hiperconsumo devido a atual realidade.

Novas reflexões e discussões têm sido geradas e o que antes era quase um consenso – adolescente + redes sociais = isolamento – tem provocado questionamentos e dividido opiniões.

É possível se divertir com os amigos na call? Os encontros virtuais são mais seguros ou perigosos? Os rolês e encontros presenciais serão substituídos de vez pelos virtuais? O adolescente desenvolverá comportamento de isolamento social e outros transtornos?

Essas são algumas perguntas que já eram recorrentes no repertório dos educadores, mas que ganharam ênfase após meses de interações online, espontâneas ou não.

Muitas serão as discussões e os estudos sobre comportamentos que serão desenvolvidos nos próximos anos, em razão das mudanças que a pandemia nos trouxe, entretanto parece razoável que haja uma busca pelo equilíbrio nas interações digitais.

Não podemos negar que as redes sociais fazem parte da nossa cultura. É preciso entender que, ao realizar um “Call”, o adolescente não está se isolando do convívio social, mas vivenciando uma outra forma de encontrar e fazer novos amigos.

Fundamental ressaltar que os rolês virtuais não substituem os encontros presenciais, afetivos, e o contato físico, essencial a todo ser humano.

No entanto, é perfeitamente possível a interação das duas versões para um convívio social saudável e produtivo.

Afinal, o isolamento social também pode ocorrer nos ambientes de contato físico, como a escola, o condomínio, em clubes e até na família.

Como pais, responsáveis e educadores devemos estar atentos, próximos e acompanhar o desenvolvimento cognitivo, emocional e comportamental dos nossos adolescentes, buscando entender as necessidades, estabelecer limites, incentivar e acolher quando necessário.

Somos os adultos dessa relação e é nosso dever educar, mas acima de tudo, amar os nossos adolescentes, sejam eles internautas viciados ou não.

* Fabiana Kadota Pereira é especialista em Recreação e Lazer e professora da Área de Linguagens Cultural e Corporal atuando nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.

Fonte: Página 1 Comunicação



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena