Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Os desafios tecnológicos das audiências jurídicas híbridas

Os desafios tecnológicos das audiências jurídicas híbridas

19/11/2020 Paulo Ximenes

Os investimentos e a aplicação de tecnologias na Justiça são necessidades contínuas e, cada vez mais, é notório o quanto apoiam as boas práticas já existentes e as normalizam em escala.

Com o aumento do teletrabalho e eventos remotos, em decorrência da pandemia, as audiências híbridas, com o uso de videoconferência, apresentaram grande crescimento, se considerado que, anteriormente, sessões à distância só podiam ser realizadas em casos especiais.

O uso da videoconferência resultou em muitos benefícios, entre eles a facilidade de realizar audiências com pessoas que se encontram em diferentes locais e a possibilidade de que mais sessões pudessem ser realizadas, com intervalos menores, garantindo produtividade aos envolvidos.

No entanto, os avanços também trouxeram à tona riscos, desafios e situações que não eram previstas em audiências presenciais.

O controle de acesso às salas on-line, que demanda senha para o ingresso à chamada e validação de presença, pode não ser 100% seguro e eficaz, abrindo a possibilidade de invasões às videochamadas, como em muitos casos vistos recentemente. Algo bem diferente do controle pessoal que ocorre em audiências presenciais, por meio de um operador.

Na sequência, após a gravação, há necessidade de que o arquivo seja manejado para o sistema processual, o que é bem delicado em audiências e sessões sigilosas, pelas incertezas de qualquer manipulação ou edição que possa ser feita e da presença de uma assinatura digital, que garanta a integridade do arquivo.

Outro importante ponto de atenção é que os arquivos de videoconferência das sessões gravadas ocupam grandes espaços de armazenamento e, em alguns casos, se não compactados, podem utilizar até dez vezes mais espaço no servidor, dificultando a fluidez do sistema e causando problemas ao departamento de TI, com a perda de produtividade.

Em contrapartida a todos estes reveses, existem, hoje, sistemas altamente tecnológicos e automatizados de gravações de sessões e audiências que facilitam todos os desafios anteriormente citados e os demais processos, a partir do uso da videoconferência.

Além disso, a automação segue as regras e normativas já aplicadas e conhecidas nas sessões presenciais, permitindo que uma mesma audiência seja realizada e gravada de forma híbrida, com pessoas presentes no tribunal e, também, com participações via videochamada, por exemplo.

Esses sistemas trazem os dados do sistema processual de forma integrada e adicionam elementos de segurança, como assinatura digital e transmissão criptografada.

O arquivo da gravação é comprimido e passa a ocupar espaço até dez vezes menor que uma gravação por videoconferência.

Além disso, as gravações podem ser disponibilizadas em um portal personalizado para o próprio tribunal, com regras extremamente restritas de acesso.

Os sistemas automatizados que são, especialmente, preparados para a Justiça, já estão sendo utilizados, de forma assertiva, pelo Supremo Tribunal Federal, Ministério Público Federal,Tribunal de Justiça da BA, MG e MT.

Todos já reconhecidos e em andamento, entre outros órgãos, de extrema importância para a Justiça brasileira.

Nesse momento, seja pelas necessidades pelas quais passamos ou pela própria evolução que a pandemia, obrigatoriamente, trouxe às instituições e empresas, passou a ser essencial investir em tecnologias que facilitam o dia a dia.

Porém, mais do que nunca, é importante atentar-se para que esses avanços não resultem em um efeito reverso e que compliquem mais do que facilitem.

* Paulo Ximenes é gerente de Desenvolvimento de Negócios na Seal Telecom.

Fonte: Victoria Návia



Violência urbana no Brasil, uma guerra desprezada

Reportagem recente do jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 3 de março, revela que existem pelo menos 72 facções criminosas nas prisões brasileiras.

Autor: Samuel Hanan


Mundo de mentiras

O ser humano se afastou daquilo que devia ser e criou um mundo de mentiras. Em geral o viver passou a ser artificial.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento