A vacina é para todas as idades
A vacina é para todas as idades
Em todas as fases da vida manter a caderneta de vacinação em dia é muito importante.
A vacinação é a forma mais eficaz e segura de se adquirir proteção contra doenças infeciosas, como exemplo de algumas patologias consideradas graves, mas que felizmente tiveram surtos controlados à medida que as pessoas passaram a se vacinar, podemos citar sarampo, meningite, pneumonia e coqueluche.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina evita de dois a três milhões de mortes, ao ano.
Por isso, todas as vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde (MS), e que fazem parte do calendário nacional são fundamentais e devem ser aplicadas nas faixas etárias, esquemas e doses determinadas para que tenham uma adequada proteção.
No caso dos adultos, o Ministério da Saúde recomenda que a partir dos 20 anos é preciso vacinar ao menos contra sarampo, caxumba, rubéola, hepatite B, febre amarela, difteria e tétano.
Já os idosos, é importante que pessoas acima de 60 anos tomem vacinas contra a gripe, pneumonia e meningite.
O envelhecimento é acompanhado de uma queda natural de imunidade, tornando essas doenças mais predominantes em quem já possui idade avançada.
Mas o que vemos atualmente é um cenário preocupante. Com a baixa cobertura vacinal, doenças que já estão erradicas podem voltar a circular e trazer sérios riscos à população.
Por conta da Covid-19, as pessoas passaram a se preocupar e vacinar contra o coronavírus, o que é essencial e correto.
Mas, a população não pode esquecer que outras doenças que são prevenidas com vacinas também são propícias de levar complicações, internações e até causar morte.
A vacina ensina o sistema imunológico a estabelecer meios de defesa contra agentes infecciosos. Mas, se continuar existindo queda vacinal, isso pode provocar o retorno de grandes surtos até então controlados no país.
De acordo com a Unicef, já são cerca de 80 milhões de crianças com menos de um ano de idade em situação de risco, no mundo.
E por ano, quase dois milhões de crianças ainda morrem por falta de acesso às vacinas, muitas vezes pelo custo da administração, escassez dos sistemas de saúde, e falhas no setor de saúde dos governos.
Voltando um pouco no tempo, conta a história que a primeira vacina surgiu no século XVIII, a partir dos estudos realizados pelo médico inglês Edward Jenner.
Ele fez uma experiência comprovando que, ao inocular uma secreção de alguém com a doença em outra pessoa saudável, esta desenvolvia sintomas muito mais brandos e tornava-se imune à patologia em si, ou seja, a pessoa fica protegida.
A partir daí, Jenner desenvolveu a vacina começando por outra doença, a cowpox (tipo de varíola que acometia as vacas), ao perceber que as pessoas que ordenhavam as vacas adquiriam imunidade à varíola humana.
* Manuella Duarte é fundadora e diretora-geral da Maximune.
Fonte: Naves Coelho Comunicação