Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O crescimento da indústria e a erradicação da fome

O crescimento da indústria e a erradicação da fome

08/12/2021 João Carlos Marchesan

A fome sempre foi um problema grave no Brasil, mas com a Covid-19, a situação piorou muito.

Depois de recuar significativamente até meados da década passada, a fome voltou a crescer no Brasil e a chamada insegurança alimentar disparou nos dois últimos anos.

São quase 117 milhões de pessoas nessa situação, sem acesso pleno e permanente a alimentos. Além deles, há ainda 19,1 milhões de brasileiros que efetivamente passam fome, em um quadro de insegurança alimentar grave.

Antes da pandemia, havia 57 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar no país, sem acesso pleno e permanente a alimentos.

Os dados fazem parte do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, desenvolvido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan).

Estabelecer uma relação direta entre o aumento da insegurança alimentar e o aumento dos índices de desemprego não é uma tarefa das mais difíceis.

Assim como estabelecer uma relação direta entre o aumento do desemprego e as dificuldades dos empresários em se manterem competitivos em um cenário de incertezas e insegurança jurídica também não é difícil.

Em outras palavras, devemos salientar a premente necessidade de sensibilizar os poderes da República bem como a sociedade brasileira sobre os instrumentos efetivos para alcançar e manter um crescimento sustentado, tão almejado pela nação que ainda está se recuperando de uma das piores crises da sua história e não pode conviver com esses níveis de pobreza.

Reiteramos a urgência que o país crie as condições para a ampliação do investimento produtivo e, simultaneamente, reduza, senão elimine, as ineficiências sistêmicas para ampliar sua produção de bens e serviços, complexos e sofisticados, pré-condição necessária para voltar a crescer e para poder ampliar nossa inserção na economia mundial, bem como ampliar a oferta de empregos de qualidade, no sentido de contribuir com a diminuição do desemprego, restaurando, pelo menos em parte, a dignidade das famílias brasileiras.

A pobreza é algo não só doloroso do ponto de vista social como um impeditivo brutal para o crescimento. O emprego digno cria condições sociais mais adequadas e gera crescimento, na medida em que fortalece o mercado interno.

Tanto isso é uma verdade que Martin Luther King agiu fortemente nesse sentido. Historicamente sabemos que ele dedicou seus últimos anos ao combate à pobreza, que via como o próximo desafio a ser enfrentado pela América, porque sabia ser essa uma luta necessária. Não existe país que possa crescer e se desenvolver sem empregos de qualidade.

Nesse sentido, sabemos que a indústria desempenha um papel fundamental, na medida em que tem  um papel estratégico na dinamização de todo o setor produtivo brasileiro, como ofertante e demandante de tecnologias e como a principal geradora de inovação para os demais segmentos da economia.

Por essa razão, tem um papel fundamental na geração de empregos de qualidade e no trabalho de reversão dos ambientes institucional e  de negócios brasileiros, que  reduzem a eficiência de nossa economia por serem desfavoráveis ao empreendedorismo e à produção.

De outro lado, a política macro brasileira, há mais de três décadas, e salvo pequenos intervalos, tem se mantido hostil ao investimento produtivo.

Será necessário a implementação de um conjunto de instrumentos e políticas públicas tendo como o objetivo estimular e direcionar novos investimentos produtivos, ou seja, serão necessárias medidas indutoras ao setor privado na busca de novas oportunidades e na expansão de fronteiras tecnológicas. Seu sucesso pressupõe a existência de um ambiente macroeconômico favorável ao investimento produtivo.

Estas políticas precisam ter objetivos permanentes. Sabemos que o aumento da produtividade depende dessas políticas e representam crescimento do País, face à estabilização da população economicamente ativa, através da criação e manutenção de empregos de qualidade.

Reforçar a participação da indústria de transformação no PIB e dos serviços sofisticados por ela demandados é essencial para aumentar a produtividade do Brasil; para tanto é indispensável ampliar fortemente os investimentos em infraestrutura e na indústria, para conseguirmos gerar crescimento e diminuir a pobreza no país.

* João Carlos Marchesan é administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ.

Para mais informações sobre pobreza clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Vervi Assessoria



O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto