Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A importância de comparecer à urna

A importância de comparecer à urna

13/10/2014 Bady Curi Neto

No primeiro turno das eleições 2014, quase 40 milhões de pessoas deixaram de escolher um candidato.

Vivenciamos neste pleito eleitoral um fenômeno que vem crescendo a cada eleição. Desde 1988, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral e amplamente divulgado pelos meios de comunicação, nunca houve tamanha abstenção de eleitores no comparecimento as urnas. Cerca de 27,6 milhões de pessoas deixaram de votar no último dia 5 de outubro.

Se somarmos a isso os votos nulos e brancos teremos o significativo número de 38,7 milhões de pessoas que deixaram de escolher um candidato. O número acima salta aos olhos por uma simples comparação: caso estes eleitores tivessem votado em algum candidato eles teriam o levado ao segundo turno da eleição presidencial ou, se apenas os que se abstiveram de comparecer as urnas tivessem apoiado os candidatos Aécio ou Dilma, a eleição estaria definida no primeiro turno.

Importante se faz, para esclarecimento do leitor, a distinção entre votos brancos, nulos e abstenção. Os primeiros são aqueles que o eleitor digita na urna como branco, ou seja, são manifestações de conformismo, como se o leitor concordasse com a vitória de qualquer candidato. O segundo caso - o nulo - é interpretado como insatisfação total e absoluta, em que o eleitor deixa claro que nenhum partido, candidato ou coligação estão aptos para representá-lo, seja no legislativo ou executivo. Já a abstenção proposital, a meu ver, é o descaso com futuro do país, a falta de comprometimento com o destino do Brasil, daí, inclusive, a obrigatoriedade do voto, pois o que esta em jogo, o direito tutelado é o destino da nação.

Os votos nulos e brancos, ao contrário do que alguns possam crer, não interferem no resultado da eleição, pois somente são computados os votos válidos, mas, estes não deixam de ser uma manifestação do eleitor de conformismo ou de insatisfação, como dito acima.

Já a abstenção injustificada, apesar de não influenciar no pleito eleitoral, demonstra o descaso, o acovardamento e, até mesmo, o exercício da incivilidade perante nosso próprio futuro e destino.

Lutamos mais de vinte anos pelo fim da ditadura e o restabelecimento do Estado Democrático de Direito, mas esta luta deve ser perseguida, dia a dia, por todos os concidadãospara sua consolidação eterna. Não adianta reclamarmos da corrupção, dos desmandos governamentais, do sistema de saúde, segurança, do maldito fator previdenciário para aposentadoria... Enfim, não adianta demonstrar uma série de indignações se acovardarmos e não exercermos nossa mínima parte que é o voto.

Costumo dizer que o dia da eleição é o maior espetáculo da democracia. Observemos nossos candidatos, vejamos quais suas propostas e o que cada um deles tem a oferecer ao país. Estudemos seu passado para saber como comportarão no futuro, vejamos suas experiências políticas e de administração pública e, aí, podemos exercer nosso voto com espírito de civilidade e cidadania.

*Bady Curi Neto é advogado, fundador do Bady Curi Advocacia empresarial e ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena