Cientistas Cristãos refletem sobre o que significa a religião em tempos de crise
Cientistas Cristãos refletem sobre o que significa a religião em tempos de crise
No dia 8 de junho, realizou-se a assembleia anual dA Igreja de Cristo, Cientista, em sua sede, em Boston.
O evento foi realizado on-line. Essa igreja é uma das muitas denominações religiosas que vêm trabalhando incansavelmente, nos últimos meses, para ajudar suas congregações a se adaptar ao mundo on-line, atendendo às recomendações e orientações de cada localidade.
Essa assembleia anual foi uma oportunidade para os membros se reunirem virtualmente e refletir sobre o que significa ser uma igreja em tempos de crise — como ir acima e além do que as autoridades pedem, e realmente servir a comunidade.
“O que o verdadeiro amor faz é aplacar o medo”, disse Robin Hoagland, membro de uma diretoria de cinco pessoas, “e esse é o amor de que mais precisamos, neste momento”.
A questão se aplica às necessidades resultantes da atual crise econômica e de saúde pública, além da atenção global voltada aos direitos humanos.
O jornal The Christian Science Monitor, mencionado na reunião, é um dos meios pelos quais a igreja demonstra como se interessa por tais questões.
O jornal foi fundado em 1908, com o lema “não prejudicar ninguém, mas sim abençoar toda a humanidade”. Ele tem dado cobertura a questões relacionadas com injustiça e racismo, desde seus primórdios. A cobertura da pandemia, nos últimos meses, tem sido oferecida livre de pagamento.
Os comentários por parte das autoridades da igreja e de membros, durante a reunião, ressaltaram a conexão entre adorar a Deus e cuidar do próximo — ensinamento básico de Jesus, que os cristãos relembram.
“Na proporção em que amamos a Deus de todo nosso coração, com toda nossa alma e entendimento — na mesma proporção nossas mãos são movidas pelo Cristo para atender às necessidades de nossos irmãos e irmãs”, disse Keith Wommack, outro membro da diretoria.
Um membro residente na Alemanha, que vem organizando a ajuda humanitária das Nações Unidas, disse: “Quando temos de enfrentar necessidades humanitárias de nível mundial, pode acontecer de fazermos uma porção de coisas que não são suficientes, ou de enfrentarmos obstáculos”. A oração “traz à mente soluções… porque a oração é poderosa. Ela faz a diferença”.
Os diversos comentários também reafirmaram o compromisso da igreja com a cura espiritual, que procura ver a imagem de Deus em todos e cada um.
“É necessária grande dose de amor e humildade, nesse trabalho de cura”, escreveu Mary Baker Eddy, a fundadora da igreja. “Devemos nos esforçar para imitar a paciência amorosa de Jesus.”
A cura não pode ser vista dogmaticamente, enfatizam os Cientistas Cristãos. É uma questão de gratidão a Deus, que é amor, e de aprender a reconhecer mais e mais Sua presença salvadora.
Um membro que vive no Peru, contou como o amor de Deus o curou do pesar que sentia, após o filho ter falecido no hospital, devido a um acidente de carro.
Nessa mesma época, ele próprio foi curado de uma dor crônica nos joelhos e na coluna. Ele falou de como foi importante o apoio dos membros da igreja local, à qual se filiou logo depois.
A secretária da igreja deu as boas-vindas a novos membros, originários de 30 países, de uma lista que vai de Angola, Argentina, Austrália, até Reino Unido, EUA, Uruguai e Zimbabwe. A igreja também deu as boas-vindas à nova presidente, Anne-Françoise Bouffé, de Paris, França.
A reunião concluiu-se com um vídeo, em que foram reunidas as vozes e imagens de centenas de membros, cantando um hino individualmente, mas ao mesmo tempo, em cinco idiomas diferentes.
O público em casa foi convidado a se unir também, inclusive os que se conectaram desde Brasil.
* Kevin Ness é o Gerente dos Comitês de Publicação da Ciência Cristã para A Primeira Igreja de Cristo, Cientista.
Fonte: Comitê de Publicação da Ciência Cristã para Brasil