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Crise na Americanas

Crise na Americanas

27/03/2023 Claudio Dias

Um ponto de vista feito para vendedores e parceiros do marketplace.

Nos últimos dias fomos bombardeados sobre a atual situação da Americanas S.A., a qual soma um prejuízo estimado em R$ 40 bilhões relacionados a dívidas a seus credores.

A crise na Americanas deve ser vista como um desafio para vendedores e parceiros do marketplace. A empresa enfrenta problemas financeiros e operacionais, o que pode afetar o fluxo de pedidos e pagamentos.

No entanto, é importante lembrar que as dificuldades da empresa não significam necessariamente o fim das oportunidades para os vendedores e os parceiros, nem mesmo o fim da empresa.

É importante continuar a se concentrar em oferecer produtos e serviços de qualidade, manter boas práticas de negócios, comunicar-se regularmente com a Americanas e acompanhar o desenrolar da situação.

Não queremos aqui discutir as razões nem as questões de governança da companhia; queremos sim discutir qual vai ser o impacto para os vendedores, e se isto vai levar a uma crise de confiança tanto por parte dos sellers como por parte dos clientes.

As Lojas Americanas são um dos principais marketplaces do Brasil, tendo uma forte presença no mercado de e-commerce e uma ampla variedade de produtos. Hoje ela conta com mais de 100 mil lojistas, o que a coloca entre as cinco maiores do Brasil.

Esta não é a primeira grande crise da companhia: vale lembrar que em 2022 a companhia já tinha presenciado uma crise após um ataque cibernético, o qual fez os seus canais ficarem quatro dias fora do ar, o que causou um prejuízo aproximado de quase R$ 3,5 bilhões.

Para termos uma noção do impacto, o valor das ações caiu 11,6% em poucos dias, chegando ao valor de R$ 29,79; e, mesmo após a resolução, a insegurança dos investidores fez com que, um mês após a crise, esse valor continuasse a despencar e chegar a R$ 23,25.

Assim como em 2022, essa crise chega ao primeiro trimestre do e-commerce, o qual não é um período de maior pico de vendas para o segmento, todavia esse rombo tem proporções muito maiores do anteriormente.

Agora, é preciso voltar a atenção para aqueles que vendem na Americanas S.A. e para quanto isso pode afetar seu desempenho.

Primeiramente, sabemos que eventos como esse afetam a confiança dos vendedores do marketplace com possíveis perguntas a respeito de repasses, por exemplo.

Além de, claro, o público em geral, ao ver notícias a respeito da Americanas, desconfiar e se questionar se deve mesmo comprar na plataforma.

Colhendo dados do hub de automação da Magis5, que integra lojistas a marketplaces, observamos o comportamento de nossos usuários na Americanas S.A.

Vemos que não houve alterações significativas no número de vendedores e anúncios ativos, porém, comparando o dia 15 de janeiro a semana anterior antes do anúncio, vemos uma queda de 28% no GMV no marketplace na base do hub.

Não podemos ignorar que os recentes eventos afetaram o faturamento de lojistas nos últimos dias na plataforma, mas também há outras variações que podem influenciar, como a própria queda comum no primeiro trimestre para o e-commerce.

Entretanto, é preciso reiterar a importância para empreendedores estarem em mais de um marketplace, para que ações como essa não os impactam fortemente, e lembrar que casos como o da Americanas ocorrem no cenário internacional e nacional, sendo, infelizmente, mais comuns do que pensamos.

Não há necessariamente o que aprender com todo o cenário que está acontecendo, apenas que devemos respeitar os milhares de funcionários que podem perder o emprego em meio a essa crise; assim como os lojistas parceiros que dependem do marketplace para ter rentabilidade.

Caso o objetivo da Americanas seja sobreviver em meio a esse cenário, é necessário priorizar os pagamentos aos sellers de sua plataforma, caso contrário os sellers rapidamente deixarão de vender, migrando para outros canais.

É muito importante que a companhia consiga passar por este momento crítico e volte a crescer, afinal muitos vendedores brasileiros têm o marketplace da Americanas como um canal relevante e importante para seus negócios.

* Claudio Dias é CEO da Magis5.

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Fonte: Engenharia de Comunicação



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