Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Juventude “nem-nem” pode condenar o futuro do país

Juventude “nem-nem” pode condenar o futuro do país

26/08/2023 Francisco Borges

Dados publicados recentemente mostram que o Brasil chegou a menor taxa de desemprego desde 2014 – 8% da população.

O índice, associado à alta no rating do País para investimentos vindos do exterior e à baixa na inflação, contribuirá para a redução dos juros internos pelo Banco Central, o que já é uma expectativa de todos os analistas e da população.

Entretanto, essa “chuva” de boas notícias na economia macro (externa) e micro (interna) não tem tido, de certa forma, grande efeito no país em razão ao grande número de jovens que “nem estuda, nem trabalha”.

A expressão “nem-nem” atravessou fronteiras. Segundo o relatório Education at a Glance, publicado em 2022 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na faixa etária entre 18 e 24 anos, 37 países tinham jovens que figuravam nesta condição, sendo que o Brasil estava na 2ª colocação, ficando atrás apenas da África do Sul. 

O Brasil vive hoje um cenário único. Há uma geração de jovens, entre 15 e 29 anos, composta por mais de 50 milhões de pessoas.

Apesar deste bônus demográfico, em contrapartida, o alto índice de jovens “nem-nem”, que representa 36% deste total, não dá conta de que em breve toda esta população estará desqualificada e despreparada para produzir e gerar renda, fato que representará um custo alto para o país no que se refere às políticas assistencialistas ou políticas de segurança pública.

Este problema merece toda atenção e gera preocupação, pois se trata de um país em desenvolvimento. Ao que tudo indica, se tudo continuar como está, em breve o país terá uma geração que não será capaz de sustentar a população mais velha.

Dessa forma, é urgente que toda a sociedade brasileira encare essa parcela da população e exija políticas públicas específicas para a juventude, pois além das dificuldades já conhecidas, como o alto índice de desemprego dos jovens, os efeitos da pandemia da Covid-19 agravaram a situação para essa parcela da população, que apresentou uma evasão escolar com altos índices. 

O Brasil não dispõe de uma política nacional para a juventude que estabeleça ações articuladas e que proporcione oportunidades de formação profissional para todos ou promova uma educação de qualidade que possibilite o prosseguimento dos estudos.

Por essa razão, é essencial que o estado reverta o problema por meio de políticas públicas estimulantes e que criem oportunidades para o ingresso no mundo do trabalho.

O grande problema identificado atualmente é que os jovens não se interessam pelos estudos, por não terem interesse pelas matérias aplicadas e por não enxergarem um futuro a partir delas.

A reforma do Ensino Médio, que vem sendo implementada desde o início de 2023, possibilitará que ele escolha uma trilha, um curso profissionalizante, que poderá servir de estímulo.

Isso significa que a educação pode ficar mais contextualizada, pois, por um lado, o jovem estará aprendendo o que realmente deseja e, por outro, permitirá que as empresas contratem a juventude, o que ajudará o Brasil a reverter este quadro.  

A reforma vai atingir apenas uma parte da população que está no ciclo de estudo. É relevante que este grupo populacional importante não seja considerado perdido, ou estaremos desperdiçando mais do que uma geração.

Estaremos determinando como perdida uma batalha de valorização social do trabalho e de efetiva capacidade produtiva.

E a distância da evolução tecnológica quando comparada com a evolução de capacidade produtiva e social de um país pode inviabilizar de vez o outrora considerado país do futuro.

* Francisco Borges é mestre em Educação e consultor da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT).

Para mais informações sobre educação clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Fonte: Compliance Comunicação



O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto