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O eleitor e as pendências dos políticos

O eleitor e as pendências dos políticos

09/06/2023 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

A troca desmedida de farpas e os argumentos utilizados pelos agentes do embate político e ideológico vivido nas últimas décadas pelo nosso país, constituem verdadeiros assassinatos de reputações.

O contencioso que levou Lula do poder ao cárcere e o reabilitou para novamente governar carece de melhores definições e esclarecimentos que dêem ao povo elementos suficientes para compreender suas verdadeiras facetas.

Da mesma forma, os procuradores e magistrados que atuaram na Operação Lava Jato - da primeira instância ao Supremo Tribunal Federal - precisam ser submetidos ao pente fino que afaste as dúvidas sobre seu trabalho; se o material que os orientou e deu causa às suas ações (mensalão, petrolão e eventos paralelos) de fato existiram e principalmente se tiveram a mão de Lula e seus parceiros.

Deltan Dallagnol, ex-procurador-chefe da Lava Jato, acaba de perder o mandato de deputado federal por razões que carecem de melhores esclarecimentos. O ex-juiz (hoje senador) Sérgio Moro corre o mesmo risco.

Agora apareceu alguém que diz ter atuado como agente infiltrado e ilegal do então magistrado. São informes que devem ser dissecados até renderem elementos suficientes para punir o acusado ou, se comprovados inverídicos, voltarem-se contra quem os utilizou em falso testemunho. Quem confessa ter atuado infiltrado, para desvio da Justiça, tem de ser punido, pois isso é crime.

Quanto a Moro, os que pretendem puni-lo, não devem se esquecer que ele apenas proferiu as sentenças de primeira instância a as penas que aplicou foram mantidas e até aumentadas nas instâncias superiores.

Seria o caso de punir desembargadores e ministros dos tribunais superiores que também atuaram no caso?

Desde o recrudescimento da cena política, ideológica e administrativa, a Nação é bombardeada diuturnamente pelas ações do "nós contra eles" e "deles contra nós".

O Poder Judiciário, tantas vezes provocado pelos próprios políticos tornou-se algoz da classe e frequentemente é acusado de legislar e até governar, em flagrantes invasões às prerrogativas do Legislativo e do Executivo. 

Recente levantamento revela haver atualmente 130 deputados federais e 20 senadores processados no STF.

A simples abertura de investigação ou processo é um prejuízo porque sugere o cometimento de ilícitos e, via-de-regra, a má imagem do político não se desfaz quando ele é absolvido ou o processo arquivado por falta de provas.

Como cidadãos, não temos raciocínio pré-concebido contra os políticos, nossos representantes eleitos. São eles próprios, com suas atividades e embates, que acabam caminhando rumo ao descrédito.

Com tudo o que se tem falado, contra e a favor, da Operação Lava Jato, de seus operadores e réus, é difícil ao povo fazer juízo de onde está o certo e o errado.

O mais indicado é o esclarecimento completo dos fatos apurados e, especialmente, qual a participação de cada envolvido.

Não basta a Justiça condenar (ou absolver) com base em filigranas processuais; é preciso esclarecer o povo das razões que levaram à decisão porque, sem esse cuidado, o paciente continua culpado e condenado aos olhos do povo a quem nas próximas eleições vai pedir o voto.

Daí a imagem sofrível de que hoje padece o político brasileiro, que pelas circunstâncias, mesmo absolvido ou de processo trancado, é incapaz de se safar por completo das imputações um dia produzidas por seus adversários.

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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