Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Segurança para estrangeiros, violência para brasileiros

Segurança para estrangeiros, violência para brasileiros

03/08/2016 Bady Curi Neto

Devemos cobrar medidas austeras de prevenção e repressão à criminalidade não apenas durante os grandes eventos.

Todas às vezes que um fato que causa repugnância à população começa a se tornar corriqueiro tende a deixar de ser repulsivo para se tornar habitual à vida social.

Isto tem ocorrido com a violência que assola o país. Os jornais, as redes sociais têm mostrado diuturnamente cenas de violência como assaltos, homicídios, estupros, trocas de tiros e etc., que outrora seria repulsivo, hoje a indignação é momentânea.

Para este estado de violência sempre procuramos as causas: impunidade, excesso carcerário, falta de escolaridade, educação, dentre outras. Não restam dúvidas de que a escolaridade e a educação de uma nação tendem a diminuir a criminalidade, mas para que ocorra, é necessário um investimento maciço nestas áreas e tempo de gerações para a formação das pessoas.

A impunidade e o excesso carcerário são uma realidade, mas não há de permitir que minorias que cometem crimes coloquem em risco a vida da população obreira. Infelizmente, enquanto não se tem um sistema carcerário que permita a reintegração do criminoso à sociedade, deve-se segregá-los da vida social, minimizando a possibilidade de reincidência criminosa. Hoje vivemos a inversão de valores.

A palavra de um delinquente vale mais do que a da autoridade policial. Acusações de tortura física ou psicológica, excesso ou abuso de autoridade têm uma repercussão maior do que o crime cometido pelo infrator. Não se está, por óbvio, a justificar desvios de conduta, mas a Polícia Repressiva não pode ficar refém de bandidos.

Se houve troca de tiros que morra o bandido e não o policial que está desempenhando a sua função, o seu trabalho árduo de alta periculosidade, com salários, geralmente, incompatíveis com a profissão. Apesar de defensor dos Direitos Humanos, vejo que algumas pessoas que militam a seu favor estão com uma visão distorcida.

Nunca vi um trabalho sério a favor das vítimas, sempre visam a defesa do criminoso, causando uma desproporcionalidade que vem tornando diminuta sua importância aos olhos da sociedade em geral. Para se ter uma ideia do grau de violência em que vivemos, o Brasil ocupa a 11ª maior taxa de homicídios, segundo relatório com 194 países divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), órgão ligado à ONU, no ano de 2014.

Importante frisar que o relatório trata apenas de homicídios, desconsiderando outros tipos penais. O excesso de leniência com indivíduos que cometem crimes contra a vida, tem permitido ao Brasil ocupar a vexatória posição supra, tornando nosso país um dos mais inseguros para se viver.

A realidade é que vivemos uma guerra civil entre bandidos e a sociedade, a exemplo da luta contra o tráfico nos morros cariocas, onde os confrontos entre a polícia e traficantes se dão com fuzis a quilômetros de distância. Não podemos perder a indignação e a repulsa com a violência.

Devemos cobrar medidas austeras de prevenção e repressão à criminalidade não apenas durante os grandes eventos como a Conferência Rio-92 da ONU, Copa do Mundo e as Olimpíadas, mas durante todo o ano, sem banalizá-la e julgá-la como simples fato do cotidiano.

Se nestas ocasiões há diminuição de criminalidade, visando receber os estrangeiros, há como se fazer um país mais seguro para os brasileiros.

* Bady Curi Neto é advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).



Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena