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Mortes e vidas virtuais

Mortes e vidas virtuais

17/08/2022 Wagner Dias Ferreira

Um grande empresário da internet divulgou recentemente a criação de um universo totalmente on-line.

As pessoas poderão criar avatares e praticar inúmeros atos da vida civil totalmente dentro do universo virtual.

A chegada dessa nova possibilidade fez lembrar o desenho animado Wall-E da Pixar onde aparecem seres humanos com corpos deformados pela conduta de viver totalmente em um mundo virtual.

Seres humanos desconectados da realidade que levaram o planeta a uma destruição tornando a vida impossível. No filme, toda aventura gira em torno do surgimento de uma plantinha, anunciando o ressurgimento da possibilidade de vida no planeta Terra.

O mundo contemporâneo caminha perigosamente no limite da extinção, ampliando cada vez mais a vida no universo virtual e vendo o comportamento maluco de governantes ávidos pela guerra, adotando postura de permanente hostilidade, como no caso da Ucrânia e Rússia, que ameaçam explodir a maior usina atômica da Europa, o recente episódio envolvendo Estados Unidos, Taiwan e China Continental, onde a China chegou a fazer exercícios com lançamento de mísseis, o caso da Coreia do Norte que testa mísseis constantemente.

Dispensados comentários sobre a famigerada epidemia de COVID-19. Esta última extremamente agravada pelas posturas de governantes que se recusavam a adotar orientações dos cientistas especializados.

E no Brasil, com a mentalidade de aproveitar para passar a boiada, tem-se níveis de desmatamento que superam marcos históricos de destruição da natureza no país.

Nessa conjuntura de um não ambiente, conversar sobre a internet suscita infinitos temas e possibilidades. Por exemplo, qualquer pessoa que em uma conta no twitter, facebook ou instagram pode facilmente retwittar, compartilhar ou enviar fotos que estão circulando.

E na maioria das redes este comportamento reverte em favor daquela pessoa que teve a publicação curtida ou compartilhada. Esse mesmo comportamento se adotado em outras plataformas de internet pode gerar problemas judiciários.

Ocorre que a Constituição Brasileira e a Legislação Federal em vigor no país preservam o direito à imagem, e aos direitos autorais, de forma que seu uso comercial ou não autorizado, principalmente, de imagens publicadas e tomadas da internet pode ser questionado. E gerar severos prejuízos inclusive a terceiros totalmente inocentes.

O cuidado de pedir autorização aos titulares de postagens antes de utilizá-las, ou de atribuir as fontes na sua publicação podem evitar muitas dores de cabeça.

Viver na realidade não virtual é fundamental para os seres humanos, cada vez mais envoltos em tecnologia, e absortos na internet por todo tipo de programas e plataformas que ocupam o máximo tempo da pessoa.

A dominação das pessoas pela internet é tão absurda, que ficam irritadas quando o possível interlocutor não responde instantaneamente, lançando as infinitas mensagens apenas com interrogações. É quase como se a pessoa desconectada estivesse em uma morte virtual.

Uma vida não virtual impedirá que a pessoa se surpreenda com um mundo destruído à sua volta. Hoje, que se vivem vidas e mortes virtuais, é imperioso fixar com força os pés na terra para proteger o futuro da Terra.

* Wagner Dias Ferreira é advogado e Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG.

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