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A centralização da TI como fator de risco

A centralização da TI como fator de risco

02/05/2011 George Matias

A evolução da tecnologia da informação (TI) fez com que quase todas as empresas passassem a ter algum suporte para a área – seja interno ou terceirizado – para não paralisar os processos empresariais por conta de problemas nas máquinas ou nos sistemas de gestão. Os gestores que investem no setor acreditam que, com o suporte, estão se livrando de uma “dor de cabeça”, porém, há uma tendência preocupante, em que os profissionais de TI costumam centralizar todos os processos tecnológicos, fazendo com que as empresas, sem perceberem, acabem virando refém desses profissionais.

Hoje, 70% dos gestores que nos procuram alegam ter problemas de transição no departamento de TI, que, de acordo com eles, além de não apresentar um resultado satisfatório, cria um ecossistema em que os processos tecnológicos da empresa dependem das pessoas que trabalham na área. Os sistemas ERPs, os de mensageria e os de colaboração costumam ser os mais “customizados” – logo, são os mais centralizados.

Com estudos de mercado, observei que os gestores do negócio não têm uma visão amadurecida do que realmente é a Tecnologia. Seus campos de visão focam apenas nas ferramentas que utilizam e seus benefícios, não conhecendo a infraestrutura que está por trás. Encontramos estes cenários principalmente em PMEs, já que as grandes corporações estão alertas para esse movimento.

A insegurança é geralmente a maior razão para esse comportamento centralizador dos profissionais de TI, que acreditam que os mercados de datacenter e de virtualização irão tomar seus empregos. Vale lembrar que bons profissionais sempre terão seu espaço no mercado que, como todos sabem, está carente de pessoas capacitadas. E há empresas dispostas a pagar bons salários para quem puder assumir a demanda.

O fato é que, com tudo isso, os gestores se tornam reféns de uma área que não deveria gerar problemas. Como principais prejuízos eles admitem ter perda de tempo e produtividade, além da dificuldade em manter a fluidez do serviço em momentos de mudanças. Para que isso não aconteça, a TI deve ser encarada como um departamento estratégico – e todo departamento estratégico deve ser acompanhado de perto.

Entendo que os gestores não têm tempo para se ocuparem com assuntos da TI, e também não espero que compreendam infraestrutura ou sistemas. Mas sempre recomendamos que eles participem da contratação desses serviços de forma mais ativa e incluam o departamento de TI nos processos de auditoria, cobrando as documentações e os procedimentos da área. Assim, caso ocorram discrepâncias, elas serão facilmente identificadas e rapidamente solucionadas.

Para as empresas que estão começando ou têm a oportunidade de reestruturar a área, aconselho optarem por tecnologias que não dependem de infraestrutura física – um exemplo são os serviços em nuvem, que não exigem servidores internos e dispensam manutenção. Além disso, devem produzir documentos com os processos de TI detalhados para que os mesmos sejam usados por qualquer profissional que venha a assumir a área em momentos de transição e update. Deve-se, também, definir o planejamento estratégico do departamento, que deve ser alinhado com o planejamento estratégico da empresa.

Já para quem quer resolver este problema na empresa, seguem algumas dicas: deve-se analisar e diagnosticar se o departamento de TI é centralizado, seja ela por funcionário ou por uma terceirizada. Se a resposta for positiva, a recomendação é contratar uma consultoria especializada para auxiliar a empresa e o departamento de TI a estruturarem processos que não gerem dependência.

* George Matias é diretor da M2 Solution, empresa de consultoria de TI (Tecnologia da Informação) e Telecom



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