Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Sorte e Trabalho

Sorte e Trabalho

29/12/2012 Sylvia Romano

Todos os anos, janeiro é a mesma coisa. As pessoas se preparam para trabalhar, infelizmente, só depois do carnaval. Nada acontece em termos de negócios, a letargia é geral.

 

Monteiro Lobato, em um dos seus livros infantis, se não me engano “Travessuras de Pedrinho”, dizia que abril era o mês da preguiça. Mas hoje tenho certeza de que o brasileiro, com certa razão, transformou o mês de janeiro até o “entrudo” no período do “nada acontece”.

Em alguns países da Europa, agosto é a época escolhida para não se fazer nada. Paris, por exemplo, fica às moscas. Só que a maioria desses locais e, principalmente a França, é rica. Sei que todos têm lá seus problemas, mas não são nada comparados aos nossos.

Felizmente neste ano o carnaval irá acontecer logo no início de fevereiro, portanto estaremos ganhando em relação aos anos anteriores um bom período produtivo, pois lembro-me de já ter visto a folia acontecer só no mês de março. O ano também, além de ser par, termina em 8, cujo número muitos esotéricos dizem ser o da sorte e da bonança. 2008 terá ainda poucos feriados que permitem a “ponte”, quando se aproveita para emendar, resultando em dias a menos de trabalho.

Infelizmente para o empresariado, as contas continuam caindo, os salários têm de ser pagos e os impostos são os mesmos. O Brasil perde receita e, o custo de tanto fazer nada, é enorme. Não sou contra férias, nem descanso, mas em algumas situações, principalmente em um País como o nosso, eles passam a ser abusivos.

No meio de tantas leis esdrúxulas que nossos representantes fazem aprovar, como as que sempre vemos serem divulgadas, será que nenhum teria a capacidade de propor uma limitação de feriados por ano e, até, a transferência de alguns para os fins de semana? E o carnaval, por que não transferi-lo para a última semana de janeiro? Sei que o setor do turismo reclamaria e mais ainda as escolas de samba, mas com certeza, o País e a economia ganhariam em muito.

Até concordo com o sociólogo Domenico de Masi, que prega que o ócio é condição inerente ao ser humano e este só é criativo e feliz na “vagabundagem”. Mas sei também que o trabalho pode e deve ser uma grande fonte de prazer e que o sucesso profissional pode ser uma das mais importantes realizações que uma pessoa possa almejar na vida. Além disso, o trabalho traz muita sorte e, quanto mais você trabalhar, mais sorte terá.

Sylvia Romano é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo.  e-mail: [email protected]

 



Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula