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Sonho lúcido

Sonho lúcido

13/09/2012 Chico Anes

Segundo o dicionário Houaiss, sonho é “um conjunto de imagens, pensamentos ou fantasias que se apresentam à mente durante o sono”. E, por extensão de sentido, “uma sequência de ideias soltas e incoerentes às quais o espírito se entrega; devaneio, fantasia”.

Juntar duas palavras com significados tão distintos pode parecer estranho, mas sonho lúcido é exatamente manter a consciência enquanto no estado de sonho, ou seja, ter conhecimento de que se está sonhando e agir segundo nossa vontade no sonho.

Desta forma, como saber a diferença entre o sonho comum e o lúcido? No sonho comum, as imagens, pensamentos e fantasias acontecem de forma independentemente de nossa vontade consciente. Já no sonho lúcido, temos a consciência de estar sonhando e podemos, então, agir deliberadamente com ou contra essas imagens, pensamentos e fantasias.

Muitas pessoas me perguntam como aprender a ter sonhos lúcidos. As técnicas estão disponíveis a qualquer um que tenha disciplina suficiente para praticar os exercícios.  O primeiro passo é você se lembrar dos próprios sonhos. Em média, temos cinco sonhos por noite. Muitas pessoas não conseguem recordar nenhum deles.

Assim, do que adianta você ter um sonho lúcido se não consegue se lembrar dele quando acordar? O primeiro trabalho é manter um diário de sonhos, pois o ato de escrevê-los faz com que você passe a dar mais atenção a eles e, por conseguinte, treinar sua memória para recordá-los.

Depois disso, quando estiver conseguindo se lembrar de boa parte dos seus sonhos, você pode escolher uma das várias técnicas já elaboradas e testadas. O Dr. Stephen LaBerge, psicofisiologista que demonstrou em laboratório a existência dos sonhos lúcidos, criou uma técnica que se chama MILD (indução mnemônica de sonhos lúcidos). Ele descreve essa técnica em seu livro “Sonhos Lúcidos”:

1. No começo da manhã, ao acordar espontaneamente de um sonho, repasse-o várias vezes, até decorá-lo.

2. Depois, enquanto estiver deitado na cama e voltando a dormir, diga a si mesmo: “Na próxima vez que estiver sonhando quero me lembrar de reconhecer que estou sonhando”.

3. Visualize-se voltando ao sonho que acabou de ensaiar; só que, dessa vez, veja se percebendo que está, de fato, sonhando.

4. Repita o segundo e o terceiro passo até sentir que sua intenção ficou claramente fixada ou até cair no sono. (Sonhos Lúcidos, pag. 168, Stephen LaBerge).

Veja alguns benefícios dos sonhos lúcidos indicados pelo próprio Dr. LaBerge, que dedica um capítulo do seu livro a este assunto:

Aumenta as habilidades na resolução de problemas; Melhora a tomada de decisões; Auxilia na resolução de problemas criativos; Satisfaz desejos; Contribui no processo de cura: Conforme Dr. Dennis Jaffe e Dr. David Bresler “as imagens formadas mentalmente mobilizam as forças interiores e latentes da pessoa, forças que tem um potencial imenso para ajudar no processo de cura e na defesa da saúde”;

Promove crescimento psicológico reintegração de aspectos negligenciados ou rejeitados. Facilita a aceitação e integração de aspectos da personalidade reprimidos; Contribui no enfrentamento de pesadelos e na redução da ansiedade; Proporciona autocontrole voluntário da fisiologia (ainda uma questão em aberto).

Segundo Jung “a função geral dos sonhos é tentar restabelecer a nossa balança psicológica, produzindo um material onírico que reconstitui, de maneira sutil, o equilíbrio psíquico total.” Interagir com esse material onírico pode ser uma grande ferramenta de crescimento pessoal.

Para finalizar, a principal discussão sobre efeitos negativos do sonho lúcido está na qualidade do sono. Mas não há provas que a qualidade do sono de um sonhador não lúcido seja mais ou menos reparadora que a de um sonhador lúcido.

* Chico Anes é escritor.



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