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O gestor escolar como construtor de cenários

O gestor escolar como construtor de cenários

18/06/2013 Francisca Paris

A imagem do educador como um profissional capaz de produzir cenários onde a aprendizagem se desenvolva ilustra bem a mudança no papel dos professores, ao longo das últimas décadas.

Entre as competências do bem ensinar, está certamente a de criar um ambiente estimulante no qual crianças e jovens possam encontrar sua rota de aprendizagem, construam seu percurso de aprendizes, cresçam. Se pensarmos bem, a imagem da construção do cenário também se refere diretamente ao trabalho dos gestores.

O diretor, o coordenador, enfim, os líderes educacionais, devem, cada vez mais, ser capazes de entrever e construir os cenários do seu projeto de escola. Pode-se pensar nesse papel de duas diferentes perspectivas. Uma delas é o contexto imediato, próximo.

Liderando equipes complexas, em que atuem diversos profissionais com diferentes personalidades e formas de trabalhar, os gestores precisam ser capazes de articular um relacionamento produtivo. Isso implica, por exemplo, a construção de um ambiente de trabalho que concilie criatividade e disciplina, espaço de valorização do mérito de cada um e resultado do grupo.

Ser capaz de organizar a cena profissional é uma habilidade importante para o gestor contemporâneo que precisa ser desenvolvida. Há, porém, cenários maiores do que esse: um deles é o grande palco das mudanças da sociedade contemporânea. Se é imprescindível olhar para dentro, com atenção e critério para o que acontece na escola – nossa área de influência mais próxima –, é igualmente importante olhar para fora, ou seja, tentar compreender o que se passa no mundo.

Se há algo que caracteriza nossa época é a volatilidade dos conceitos. Muitas vezes, presos aos afazeres cotidianos, os gestores se esquecem de olhar para mudanças importantes, grandes reorientações que mais cedo do que parece chegarão ao ambiente escolar. Estamos falando de tecnologia? Sim, mas não só disso.

Há mudanças demográficas, econômicas, culturais e comportamentais que certamente chegarão à escola e irão interferir nos negócios. Saber entender esses movimentos permite ao gestor se preparar para o que virá. São muitos os exemplos: em alguns lugares, pode ser a melhoria da escola pública, que repentinamente rouba os clientes da rede particular; em outros, podem ser movimentos migratórios internos, como a fuga das metrópoles.

Enfim, não há uma regra; o que sabemos, com certeza, é que as mudanças se sucedem com incrível velocidade e a vitalidade dos negócios cada vez mais dependerá de nossa capacidade de adaptação aos novos contextos. Por isso, ser líder hoje implica ser sensível aos sinais dos tempos. É preciso saber ler nas entrelinhas, buscar compreender as tendências, antecipar-se, quanto mais possível, às curvas da história – essa estrada cada vez mais veloz.

*Francisca Paris é pedagoga, mestra em educação e diretora de soluções educacionais do Ético Sistema de Ensino, da Editora Saraiva.



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