Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Fim dos lixões é importante no combate ao efeito estufa

Fim dos lixões é importante no combate ao efeito estufa

17/07/2013 Ariovaldo Caodaglio

Em meio à onda de manifestações, passou despercebida da imprensa e da opinião pública a recente audiência no Senado na qual foi lançado o projeto Opções de Mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Setores Chave do Brasil.

Com a participação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o programa será executado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente. Trata-se de iniciativa importante, pois reforça a colaboração entre o PNUMA e o governo brasileiro na atuação global pela redução daqueles gases.

Nos organismos multilaterais, é bastante reconhecida a liderança do Brasil nessa área. Por isso, o projeto é considerado uma contribuição ao mundo. Afinal, “quando se fala em mitigar as mudanças climáticas, os benefícios transcendem as fronteiras”, observa a representante do PNUMA no País, Denise Hamú. O projeto foi dividido em três etapas, a serem executadas em três anos. A primeira será dedicada ao estudo de setores específicos da economia.

Depois, será realizada análise coordenada e, finalmente, abordada a capacitação de instituições estaduais, federais e da sociedade civil para enfrentar os possíveis cenários, com um olhar especial para a Copa do Mundo de 2014. Interessante, também, observar avaliação do professor Roberto Schaeffer, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), um dos pesquisadores do projeto. Segundo ele, trata-se do estudo mais completo feito no Brasil sobre o tema.

Trabalhos semelhantes focaram os setores de modo individual, mas agora haverá um modelo integrado, abrangendo a produção de energia, transporte, construção, agricultura e outras áreas, com projeções até 2050. Não há dúvida de estamos diante de algo significativo para o avanço do combate aos gases do efeito estufa.

Contudo, para o pleno êxito dessa iniciativa, será necessário considerar, também, a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em especial no que diz respeito à erradicação dos lixões até 2014, substituindo-os por estrutura mais adequada à destinação final de tudo o que é recolhido dos descartes das empresas e famílias brasileiras. Como se sabe, os lixões a céu aberto são um dos maiores emissores do gás metano, um dos grandes causadores do efeito estufa.

Assim, seria interessante um diálogo entre o novo projeto lançado com a chancela expressiva do PNUMA e as áreas de meio ambiente e responsáveis pela gestão do lixo das prefeituras, pelo menos das maiores cidades brasileiras, pois está atrasado o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, previsto na Política Nacional (Lei nº 12.305). Muitos municípios ainda não apresentaram seus projetos, comprometendo o cronograma de erradicação dos lixões até 2014 e, portanto, mantendo-se como emissores de metano.

*Ariovaldo Caodaglio, cientista social, biólogo, estatístico e pós-graduado em meio ambiente, é presidente do SELUR (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo).



Um País em busca de equilíbrio e paz

O ambiente político-institucional brasileiro não poderia passar por um tempo mais complicado do que o atual.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra