Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Por uma semana pedagógica de fato transformadora

Por uma semana pedagógica de fato transformadora

20/01/2014 Francisca Paris

Neste início de ano, todo gestor educacional certamente já está se preparando para o ano letivo.

Fazem parte dessa lista de ações, provavelmente, uma semana pedagógica, um curso, um evento, que marcarão a volta dos professores e o início do ano letivo. Claro, não há nada de errado em realizar momentos de formação como esses.

Ocorre que muitas vezes tais semanas acontecem de modo inercial, formal, sem muita reflexão, foco e conexão com a realidade da escola. A consequência é que se alocam tempo e recursos que poderiam ser mais bem utilizados. Por isso, aqui seguem algumas dicas para quem quer transformações mais efetivas na vida escolar. A primeira questão, que deveria ser óbvia, é sobre o contexto em que acontecem as semanas pedagógicas.

São eventos isolados ou fazem parte de um plano geral de formação? Se sua escola não tem uma política de formação continuada, com começo, meio e fim, está na hora de começar a pensar nisso. Não é um evento isolado no começo do ano que garantirá qualquer melhoria mais profunda em seu corpo docente e na instituição de ensino. Pense que a semana pedagógica deve responder a questões de sua realidade. Quais são os dilemas que sua instituição vive? O que é necessário melhorar? Para que direção você, gestor, gostaria de sinalizar, escolhendo este ou aquele tema, este ou aquele palestrante?

Essa intencionalidade deve fazer parte da ação formativa que será proposta aos professores. Uma vez definidos o tema e a abordagem esperada, não se preocupe em contratar os palestrantes mais renomados. Pense no resultado que espera e procure especialistas que tenham experiência de sala de aula, que saibam conciliar teoria e prática. Pense também no formato do evento. Muitas vezes, uma oficina pode ser mais indicada que uma palestra – se o tema for, por exemplo, ligado à tecnologia.

Outras vezes, dinâmicas são indicadas. Isso também depende do resultado que você espera colher: formação, motivação, trabalho em equipe etc. Lembre-se de que sua escola não é composta apenas de docentes. A formação deve ter um olhar específico para o corpo de gestores (como o diretor, o coordenador, os orientadores, enfim, as principais lideranças). É importante pensar em situações de formação focadas nos gestores, que têm um papel insubstituível em qualquer processo de aprimoramento ou mudança. Isso pode requerer ocasiões reservadas, em outro tempo e espaço que precisam ser previstas.

Por fim, lembre-se de que nenhum palestrante substitui a pessoa do gestor. É preciso haver um diálogo franco, olho no olho, entre os gestores e sua equipe. Os educadores esperam uma relação direta com as lideranças, o que certamente se refletirá no vínculo que têm com a instituição. Essas são apenas algumas reflexões, e cada gestor pode escolher aquelas que se aplicam melhor à sua própria realidade.

Mas há algo que diz respeito a todos: muitas vezes, preocupamo-nos em trazer formadores externos e nos esquecemos de nos certificar se nossa equipe conhece bem, pelo menos, o projeto pedagógico de nossa própria escola. Não conhece? Pois, então, a hora é esta.

*Francisca Paris é pedagoga, mestra em educação e diretora de soluções educacionais do Ético Sistema de Ensino, da Saraiva.



Nem Nem: retratos do Brasil

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam.

Autor: Daniel Medeiros


Michael Shellenberger expôs que o rei está nu

Existe um ditado que diz: “não é possível comer o bolo e tê-lo.”

Autor: Roberto Rachewsky


Liberdade política sem liberdade econômica é ilusão

O filósofo, cientista político e escritor norte-americano John Kenneth Galbraith (1908-2006), um dos mais influentes economistas liberais do Século XX, imortalizou um pensamento que merece ser revivido no Brasil de hoje.

Autor: Samuel Hanan


Da varíola ao mercúrio, a extinção indígena persiste

Os nativos brasileiros perderam a guerra contra os portugueses, principalmente por causa da alta mortalidade das doenças que vieram nos navios.

Autor: Víktor Waewell


A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula