Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Imposto: simples ou complexo?

Imposto: simples ou complexo?

15/06/2014 Airton Cicchetto

Uma grande oportunidade pode estar surgindo, mas infelizmente, ao que parece, o Imposto Único não vai mesmo emplacar no Brasil.

Sabidamente precisamos sair deste sistema tributário megacomplexo, remendado, ultrapassado, benéfico a uns poucos e tremendamente nocivo à maior parte da sociedade, principalmente aos mais pobres. Implementar um sistema simples e eficiente de tributação, justo para todos os brasileiros e ainda capaz de melhorar a competitividade das empresas e do país seria possível e, de certa forma, até seria simples, mas a julgar pelas propostas apresentadas vamos continuar com um modelo complexo, sonegável, sujeito a distorções, e portanto, injusto.

Será lamentável! A reforma tributária voltou à agenda. Na última semana o jornal O Estado de São Paulo e a Agência Estado reuniram especialistas para discussão do assunto nos “Fóruns Estadão Brasil Competitivo”. A julgar pela reportagem publicada na última sexta-feira, conclui-se que grande parte do evento foi para falar da situação, com críticas ao sistema atual. Os especialistas listaram mais de uma dezena de mazelas de nosso atual sistema tributário.

Os já historicamente conhecidos problemas, foram mais uma vez apontados: o sistema é complexo, contém distorções, é anacrônico, obsoleto, penaliza as empresas, prejudica sua competitividade e capacidade de exportação, segura o crescimento do país e, pior, penaliza mais e injustamente os mais pobres. E o que faremos? Vamos aprimorar o sistema obsoleto ou inovar? Nosso sistema atual data de 1965, e ao longo destes quase 50 anos nossas melhores cabeças foram capazes de negociar, costurar e produzir um verdadeiro monstro complexo que contém mais de 120 mil normas, entre artigos, parágrafos, incisos e alíneas, que para ser compilado precisou de um livro com mais de 42 mil páginas.

Agora que o país se prepara para eleger novos governantes o assunto volta à agenda e poderia ser um momento oportuníssimo para implantação de um sistema simples e moderno. O moderno seria o Imposto Único, incidente sobre as transações financeiras que como se sabe teria as seguintes vantagens: reduziria a carga tributária para um percentual de um dígito (hoje paga-se 36% do PIB), manteria os mesmos níveis de arrecadação, promoveria justiça tributária - pois os que ganham mais pagariam mais e menos os que ganham menos - simplificaria o sistema de arrecadação, aumentaria a competitividade das empresas e do país, entre outras vantagens.

O sistema de Imposto Único de criação do eminente professor Marcos Cintra tem o aval de expoentes nacionais como o iluminado senador Roberto Campos, o jurista Ives Gandra da Silva Martins, e ex-ministro Delfim Netto, o jornalista Alexandre Garcia, entre outros. Curiosamente as associações que representam o comércio e a indústria nacional concordam na proposição de implementação de um Imposto de Valor Agregado (IVA), já utilizado por inúmeros países, que taxa produtos e serviços, portanto, promove a injustiça tributária em seu princípio básico, dá margem a corrupção fiscal e, diga-se ainda, tem eficiência criticada e questionada em diversas praças.

As perguntas que ficam, então, são: Por que insistir no complexo e ineficiente? Por que não adotar o simples e eficiente? Por que não o Imposto Único? Com a palavra os especialistas e associações reunidos pelo Fórum Estadão Brasil Competitivo.

*Airton Cicchetto é engenheiro, mestre em administração de empresas e idealizador do modelo SCG - Simples Complexo Gerencial - Simplificando a Gestão.



A importância de uma economia ajustada e em rota de crescimento

Não é segredo para ninguém e temos defendido há anos que um parque industrial mais novo, que suporte um processo de neoindustrialização, é capaz de produzir mais e melhor, incrementando a produtividade da economia como um todo, com menor consumo de energia e melhor sustentabilidade.

Autor: Gino Paulucci Jr.


O fim da excessiva judicialização da política

O projeto também propõe diminuir as decisões monocráticas do STF ao mínimo indispensável.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O inesperado e o sem precedentes

Na segunda-feira, 1º de abril, supostos aviões militares de Israel bombardearam o consulado iraniano em Damasco, na Síria.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Crédito consignado e mais um golpe de milhões de reais

No mundo das fraudes financeiras, é sabido que os mais diversos métodos de operação são utilizados para o mesmo objetivo: atrair o maior número possível de vítimas e o máximo volume de dinheiro delas.

Autor: Jorge Calazans


Quando resistir não é a solução

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica, nos lembra que tudo a que resistimos, persiste.

Autor: Renata Nascimento


Um olhar cuidadoso para o universo do trabalho

A atividade laboral faz parte da vida dos seres humanos desde sua existência, seja na forma mais artesanal, seja na industrial.

Autor: Kethe de Oliveira Souza


Imprensa e inquietação

A palavra imprensa tem origem na prensa, máquina usada para imprimir jornais.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Violência não letal: um mal silencioso

A violência não letal, aquela que não culmina em morte, não para de crescer no Brasil.

Autor: Melissa Paula


Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques