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Jornalismo Noveleiro

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06/09/2014 Raphael Alves Tiburtino

“Vocês [os judeus] só olham para o rabo de vocês.” – Marcelo Tas

O gênio de Franz Kafka, se vivo estivesse, fosse brasileiro, e seu judaísmo lhe permitisse ainda mais generosidade para com a humanidade, teria transformado tão singela frase numa complexa continuação de “A metamorfose”, algo com o título de “A metamorfose 2 – o rato”.

Mas Kafka não está vivo, e também não é brasileiro, e por mais que seu judaísmo lhe confira magnanimidade, quem escreve estas mal traçadas linhas sou eu. E a grande ironia é que apesar de eu ser judeu como Kafka, estar vivo, e ser brasileiro, ficarei limitado a uma resposta nada genial, da qual espero, ao menos, proficuidade. Da mesma forma que o patriarca Abraão era um homem de poucas palavras. De poucas palavras, porém de muita ação.

Não era de discursos demagógicos; era de atos, que não incluíam sorrir para a câmeras, posto que ainda não existiam. Abraão, então, sorria para os exaustos viajantes no deserto, ambulantes que convidava para a sua tenda, a fim de oferecer-lhes banquetes gratuitos, além de muita água para beberem e lavarem seus pés cansados. Foi exatamente nessa bigorna de bondade que o povo judeu foi forjado.

Tanto que, mais tarde, o grande sábio Hilel explicou que toda a Torá se resume em não fazer ao próximo aquilo que não quiser que o próximo lhe faça. Por isso, e por presenciar diariamente a prática de tais ensinamentos, sempre imaginei que o judeu olhasse não somente para o “rabo” do próximo, como também para o seu estômago, sua autoestima, sua saúde, seu bem-estar, seu ser, sua essência.

De modo que quando um judeu é chamado de egoísta, antes mesmo de se sentir ofendido, ele se sente caluniado. Por outro lado, mesmo ferido no meu orgulho judaico, não desejo incorrer no pecado do “porque sim não é resposta”.

Assim sendo, exemplificarei o que escrevi até aqui de forma bastante resumida, com fatos que demonstram o que os judeus da Terra Santa realizam em prol dos seus inimigos declarados, que não escondem de ninguém um desejo irreprimível de varrer Israel do mapa:

- Mais de 100 mil palestinos ganham a vida em Israel, o que representa mais de 10% do PIB palestino;

- Israel está construindo 4 subestações elétricas, e ainda abastece os palestinos de mais de 5 bilhões de litros de água potável por ano;

- Os palestinos recebem atendimento de primeira classe em hospitais israelenses;

- Só no primeiro semestre de 2013, mais de 94 mil palestinos se trataram nesses hospitais; e

- Apesar de o Exército continuar descobrindo túneis do terror, Israel não interrompeu o fluxo de bens de consumo para Gaza. (Fonte: Ron Prosor, embaixador de Israel na O.N.U.)

Logo, posso não ser Franz Kafka, mas felizmente também não sou Gregor Samsa, o homem que acordou e percebeu que havia virado um inseto gigante. Porque se nós judeus formos a metade daquilo de que nos acusam, na realidade seremos o dobro de tudo, porque apesar de tantas acusações pairando sobre as nossas cabeças, ainda conseguimos despertar pela manhã, nos olhar no espelho, e não ver monstro algum.

*Raphael Alves Tiburtino é Empreendedor e Especialista do Instituto Liberal.



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