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Como e por que aumentar a produtividade no Brasil?

Como e por que aumentar a produtividade no Brasil?

24/09/2014 Mateus Maciel

Segundo pesquisa realizada pela Conference Board, o trabalhador brasileiro produziu em 2013 US$ 10,80, em média.

Já os trabalhadores do México, Chile e Argentina tiveram a produtividade média de US$ 20,8; 16,8 e 13,9 respectivamente. Tal resultado coloca o Brasil na lanterna no grupo dos países latino-americanos no quesito produtividade. Por que isso é preocupante e como poderíamos aumentar a produtividade do trabalhador brasileiro? Quando uma empresa aumenta a quantidade de produtos produzidos, sem contratar mais trabalhadores ou máquinas, dizemos que houve um aumento da produtividade.

Há inúmeras maneiras de fazer com que esta cresça: melhoria na gestão, adoção de novas tecnologias, qualificação da mão de obra e etc. No Brasil, contudo, é muito complicado fazer com que a produtividade cresça, uma vez que somos uma das nações mais fechadas do planeta. Importar máquinas e equipamentos mais modernos, por conta dos impostos e do câmbio controlado artificialmente pelo Banco Central, é extremamente oneroso para a maior parte dos empresários, principalmente para os pequenos e médios.

A qualificação da mão de obra é outro ponto que mina o aumento da produtividade. Já é do conhecimento de todos que a educação no país é muito ruim. A quantidade de cursos técnicos oferecidos pelo governo não é o suficiente para atender a demanda do mercado. A atuação da iniciativa privada no setor de qualificação, apesar de não parecer, é restrita, uma vez que tem que seguir a cartilha do Ministério da Educação.

A burocracia e a pesada carga tributária, por conta dos “direitos trabalhistas” e de uma lista monstruosa de impostos, acaba corroendo o lucro dos empresários, forçando estes a destinar uma parcela pequena dos seus lucros a inovação, compra de máquinas e qualificação da mão de obra de sua empresa. Além disso, o protecionismo praticado pelo governo desestimula a concorrência entre empresas nacionais e internacionais.

Com tantas tarifas e quotas de importação, sem falar nos inúmeros subsídios aos “campeões nacionais” via BNDES, muitos empresários brasileiros acabam gastando mais dinheiro com lobby (por mais que seja proibido por lei) em Brasília do que com inovação. Outro ponto que onera ainda mais o bolso dos empreendedores é a crescente valorização do salário mínimo, sem que haja aumento da produtividade por trabalhador.

Ou seja, os trabalhadores acabam não agregando valor a empresa, uma vez que não ajudam em sua lucratividade, mas ainda assim recebem aumentos anuais de salário. Caso houvesse aumento na produtividade dos trabalhadores, os produtos em geral seriam mais baratos e de melhor qualidade. Os brasileiros não teriam que fazer um cruzeiro para Miami, ou passar um feriado em Nova York para ter acesso a produtos bons e baratos.

Portanto, aumentar a produtividade das empresas melhoraria o bem estar da população do país, em geral. Entretanto, para que isto ocorra, é necessário que haja mais liberdade econômica no país, para que os empreendedores tenham mais dinheiro e incentivo para investir em suas empresas e nos seus trabalhadores, ao invés de ter que sustentar um Estado inchado.

*Mateus Maciel é Acadêmico de economia da UERJ e Especialista do Instituto Liberal.



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