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A tecnologia como remédio para a saúde pública

A tecnologia como remédio para a saúde pública

21/02/2017 Francielle Regeane Vieira da Silva

Cerca de 1,4 milhão de pessoas deixaram os planos de saúde em 2016 no Brasil.

A estimativa é da Agência Nacional de Saúde (ANS) e tudo indica que seja uma consequência do aumento de preços, do endividamento e do crescimento do índice de desempregados.

E a sobrecarga para o Sistema Único de Saúde (SUS) é imediata. A garantia dos serviços prestados pela saúde pública está entre os maiores desafios enfrentados pelos municípios brasileiros.

Muito se investe, mas pouca coisa é perceptível ao cidadão. De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% de todos os gastos com saúde são desperdiçados por ineficiência. O Brasil gasta 9,3% do PIB na área - ou seja, cerca de R$ 410 bilhões investidos. Se considerarmos a estimativa, R$ 164 bilhões ao ano podem estar sendo desperdiçados por pura falta de controle e gestão.

Realizar o controle de pacientes, filas de leitos, distribuição e estoque de medicamentos, aplicação de vacinas, agendamento de consultas e exames especializados são atividades que se tornam ainda mais complexas quando se tem um grande número de pacientes e um orçamento apertado.

É aí que a tecnologia se mostra fundamental para a melhoria da saúde pública. Além de facilitar a administração das atividades, os novos sistemas otimizam o tempo, tanto de gestores e profissionais quanto do cidadão, e permitem maior controle de gastos.

Mas isso ainda está longe de ser realidade em muitos municípios do País. O Ministério da Saúde divulgou em outubro de 2016 que 76% das Unidades Básicas de Saúde (UBS) ainda realizam o controle do histórico do paciente em papel. Das 41.688 unidades em funcionamento, em 5.506 municípios brasileiros, apenas 10.134 possuem prontuários eletrônicos.

E essa ferramenta está se tornando cada vez mais importante, pois permite ao profissional de saúde registrar as ações tomadas durante o atendimento ao paciente. Todas as informações podem ser armazenadas e acessadas a qualquer hora, em qualquer lugar, e ficam armazenadas para futuras consultas.

Quer um exemplo prático da importância do prontuário eletrônico? Num momento em que a febre amarela volta a assustar é possível, por meio dos registros coletados nos prontuários, fazer a correlação das regiões onde os casos aparecem com as condições de moradia e informações sociais dos pacientes, como frequência da coleta de lixo, tratamento do esgoto, hábitos de vida, escolaridade, faixa de renda.

E assim a área epidemiológica pode atuar rapidamente e com mais eficiência. Outro gargalo da saúde pública que pode ser tratado de maneira mais inteligente com a tecnologia é a espera por consultas e internações. O Instituto das Cidades Inteligentes (ICI) já oferece uma solução integrada que organiza e controla eletronicamente as filas de atendimento e a ocupação dos leitos.

O gestor consegue acompanhar em tempo real, por meio de dashboards, as filas nas unidades de saúde e na emergência, sendo possível analisar o tempo de espera dessas solicitações e realizar a tomada de ação imediata para aperfeiçoar o processo de atendimento.

É a tecnologia permitindo à alta administração uma visão real do dia a dia da saúde pública no município. Investimentos mais efetivos, diminuição do desperdício e informações disponíveis a qualquer tempo, que trazem impactos diretos para um melhor atendimento à população.

* Francielle Regeane Vieira da Silva é coordenadora de projetos do Instituto das Cidades Inteligentes. 



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